Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo

Senador é gravado e se complica

17/05/2016 às 12:46.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:28

O clima está tenso num gabinete do Congresso Nacional. Um importante senador foi gravado por um interlocutor em conversas comprometedoras nos moldes do episódio que derrubou o então senador Delcídio do Amaral. O áudio foi incluído nos autos da operação “Lava Jato”, e a Procuradoria-Geral da República pode soltar operação a qualquer momento. Não há certeza se haverá mandado de prisão ou só condução coercitiva, mas a República cai.


O camburão da PF está com a chave na ignição, e os grandes escritórios de advocacia criminal já estão preparados para a bomba.


Vale lembrar que, há três semanas, como citou a Coluna, o procurador-geral Rodrigo Janot mandou limpar meio andar para uma força-tarefa que trabalha sob sigilo.


As ações da CSN quintuplicaram de valor de um mês para cá. Benjamin Steinbruch estava desolado e voltou a sorrir. Dividendos garantidos no fim do ano.


É balela dizer que este ou outro Governo vai interferir na operação “Lava Jato”. As instituições (PF, Justiça, MPF) estão sólidas e compromissadas; e na eventualidade da primeira ligação de um ministro para o diretor-geral da PF, ou delegado de Curitiba, ou no primeiro centavo contingenciado, delegados e promotores ligam o megafone. 


Continuam vazias as quatro celas da carceragem da PF em Curitiba. Devem voltar a ser ocupadas por novos hóspedes. Gente que atuou junto com o ex-vice-líder do Governo Gim Argello (PTB-DF), na extinta CPMI da Petrobras.


O agora AGU Fábio Medina Osório fez campanha para ser ministro da Justiça, apadrinhado pelo ministro do STF Gilmar Mendes e por Afif Domingos. Mas um artigo assinado com o ex-AGU Luís Inácio Adams na Folha de S.Paulo defendendo as ‘pedaladas’ de Dilma o rifaram do páreo. Mas ainda ficou no lucro na AGU.


A presidente afastada Dilma Rousseff rascunha o roteiro internacional para disseminar a tese de golpe. Planeja iniciar o tour da lamúria pelo Uruguai. Já recebeu o convite do ministro das Relações Exteriores e chanceler Rodolfo Nin Novoa.


Aliás, o Governo do Uruguai não pensa em reconhecer Michel Temer nem se o processo referendá-lo oficialmente no cargo.


O roteiro da tocha olímpica está irritando lojistas por onde passa. As prefeituras e a Força Nacional de Segurança bloqueiam o trânsito nas ruas dos municípios por horas e prejudicam o comércio. Foi o caso ontem de Juiz de Fora, Leopoldina e Muriaé. 


O advogado Marcus Vinícius Coelho, ex-presidente da OAB, faz palestra hoje para os imortais na Academia Brasileira de Letras no Rio sobre o modelo de Semi-Presidencialismo. A tese defendida por Coelho e pelo presidente Michel Temer tem chamado a atenção de entidades civis e empresários. 


No Semi-Presidencialismo, o presidente da República escolhe o primeiro-ministro em sintonia com a gestão. E em caso de problemas, o presidente tem muito mais poder para decidir quem cai: seu governo ou o Parlamento. 

Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
reportagem@colunaesplanada.com.br 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por