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Inteligência Artificial pode facilitar a busca por voluntários para testes de vacinas e medicamentos

Publicado em 25/04/2023 às 08:19.

   

      A busca incansável do homem em tornar tudo mais dinâmico fez com que a tecnologia ganhasse cada vez mais espaço em um mundo conectado e veloz, onde a cada dia que passa um novo recurso é lançado, e o que era uma grande novidade, se torna obsoleto. E se antes era necessário que uma determinada função fosse executada por vários humanos, hoje em dia é possível reduzir tudo em uma única máquina graças à Inteligência Artificial. A Inteligência Artificial pode ser compreendida como uma forma de um dispositivo eletrônico funcionar de forma bastante similar ao pensamento humano.                    
         A IA já é uma realidade no Brasil, sendo que 41% das empresas brasileiras já utilizam em seus processos algum recurso de inteligência artificial, segundo um estudo feito pela International Business Machines Corporation (IBM). Atualmente é possível encontrar empresas de diferentes segmentos que utilizam dessa nova tecnologia para aprimorar seus serviços, desde companhias de tecnologia, marcas renomadas do varejo e até mesmo a medicina.
    Apesar de ser conhecido como um setor ainda um pouco relutante em adotar novas tecnologias, até por ser um setor que exige atenção, sigilo de dados e cuidado redobrado em todas as suas etapas, esse cenário acabou mudando nos últimos anos. A pandemia exigiu que a área médica tivesse que se adaptar com urgência, e isso fez aumentar o número de consultas online e a popularização da telemedicina. Com a aproximação cada vez mais estreita entre inteligência artificial e a medicina, quem pode se beneficiar com essa relação é a Pesquisa Clínica.
        Fundamentais na descoberta de novas vacinas e medicamentos, os estudos clínicos são uma das etapas para encontrar novas opções de tratamentos de várias comorbidades. Nessa etapa, são feitos estudos com humanos para garantir que um medicamento em análise é seguro e de fato cumpre com o seu objetivo. “Toda pesquisa clínica precisa de um grupo específico com determinadas características, ou seja, em algumas situações, leva um tempo para encontrar o número de pessoas necessárias para participar dos estudos, e isso pode atrasá-los”, explica Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO).
         Uma das alternativas que pode colaborar na hora de realizar o processo inicial de  triagem de voluntários é utilizar a Inteligência Artificial para cruzar informações de registros médicos de pacientes e dados para realizar um comparativo com o estudo em questão. “Encontrar pacientes com um perfil específico em um período curto de tempo é um grande desafio, por isso a tecnologia pode ser uma aliada para otimizar esse tempo e facilitar na hora de encontrar o perfil desejado”, pontua Francisco.
          A tecnologia aplicada à medicina e aos processos de pesquisa clínica também pode ajudar os voluntários a reduzir o tempo que é dedicado para se deslocar até o local onde os estudos estão sendo realizadas. Através de ferramentas específicas, eles podem se comunicar com a equipe responsável de uma forma mais assertiva, e relatar os sintomas e progresso do tratamento. “Além disso, pessoas que moram distante de grandes centros acabam se sentindo mais motivadas em participar, portanto é uma forma de democratizar a pesquisa clínica e diversificar o perfil dos voluntários”, afirma Francisco.

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