Ao atuar no desenvolvimento de índices de mercado de fundos de investimento imobiliário (FIIs), me peguei pensando na dificuldade que muitos investidores têm de lidar com índices, especialmente quem é iniciante. O mais conhecido desses indicadores é o Índice Bovespa, o Ibovespa (IBOV). Afinal de contas, para que ele e os demais índices servem?
O índices financeiros nada mais são que referências, representações de um determinado segmento na bolsa de valores. Eles funcionam como um termômetro de como vai o desempenho de certos grupos de ações ou ativos financeiros. Dito de outra forma, eles permitem ao investidor saber se está conseguindo investir com a mesma eficiência daquilo que o indicador tem como referência. A referência padrão do mercado financeiro é o CDI, mas ele é um índice geral.
O Ibovespa, no caso, busca representar a variação de preços das ações mais negociadas na bolsa de valores de São Paulo (B3). Mas há índices com diferentes objetivos, como Small Cap (SMLL), Brasil 100 (IbrX-100), Índice de dividendos (IDIV), Índice de fundos de investimentos imobiliários (Ifix), entre outros.
Importante dizer que é preciso ter clareza sobre o que está representado em um índice que se pretende adotar. Isso porque, como muitas vezes são usados como comparação direta, eles podem acabar mais confundindo que ajudando os investidores na tomada de decisões.
No caso do Ibovespa, especificamente, essa referência é baseada em uma metodologia definida pela bolsa de valores brasileira. Nela, a B3 monta uma “carteira teórica” de pouco mais de 70 ações. A variação do índice é calculada sobre a média de desempenho desse conjunto de papéis no mercado.
Outros índices têm outras fórmulas. O Índice Small Cap (SMLL), por exemplo, segue a mesma linha do Ibovespa, mas usando em sua carteira apenas as empresas de menor capitalização da bolsa, ou seja, de menor valor de mercado.
Assim como qualquer referência, os índices não são perfeitos. Mas podem ser importantes para se ter um parâmetro do desempenho das carteiras. Sabendo de sua utilidade e formulação, fica muito mais fácil para que o investidor aproveite suas funcionalidades e também tenha uma ideia se está conseguindo investir com a mesma eficiência daquilo que o índice tem como base.