Blog do LindenbergCarlos Lindenberg, jornalista, ex-comentarista da BandMinas e Rádio Itatiaia, e da Revista Exclusive. Autor do livro Quase História e co-autor do perfil do ex-governador Hélio Garcia.

Dura disputa entre Rodrigo Pacheco e o ministro Zanin

Publicado em 27/04/2024 às 06:00.

Coube ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Tadeu Leite, responder às indagações sobre a dívida de Minas, que já passa dos R$ 160 bilhões – um escândalo a bem dizer. Aliás, nos últimos dias, houve manifestação de policiais em frente à residência de Romeu Zema, com exceção dos militares, que fazem a segurança do governador, cobrando 41% do que têm direito. Quando se diz que os militares não fazem parte do esquema é porque, na verdade, eles fazem a proteção da casa de Zema, uma rua sem saída como se viu nesses dias.

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, não gostou de o ministro Zanin ter mexido no texto que lhe foi entregue pelo presidente do Congresso, assim como o presidente da Câmara, Artur Lira, também não gostou da mexida que Zanin fez no texto. 

Rodrigo Pacheco se reuniu nessa última sexta-feira com consultores e a advocacia do Senado para tratar das alterações feitas pelo ministro do STF, que suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração fiscal da folha de empresas e prefeituras. O advogado-geral da União respondeu a Rodrigo Pacheco que  apresentará a posição do governo federal contra a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, pedido que, no entanto, foi acatado pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal. 

Segundo Jorge Messias, interlocutor de Zanin, foram apresentados argumentos técnicos e jurídicos. Como se vê, essa discussão sobre a reforma tributária está provocando um pandepá no interior do governo, com o presidente do Senado, virtual candidato ao governo de Minas nas próximas eleições, batendo de frente com o STF. Na decisão de quinta-feira, Zanin determinou que a ação seja remetida ao plenário do Supremo Federal. O governo erra ao judicializar a política – diz Pacheco ao questionar o ministro da AGU, Jorge Messias.

Mas quem esteve em Minas nessa sexta-feira foi o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para inaugurar, após aprovação da Anvisa, a farmacêutica Biomm, em Nova Lima, que poderá retomar a fabricação nacional do medicamento insulina glargina no Brasil. 

Por fim, o ex-presidente Jair Bolsonaro deve retornar a Belo Horizonte para lançar a candidatura de Bruno Engler de Menezes à prefeitura da capital. Havia uma tendência de que Bolsonaro poderia apoiar Nikolas Ferreira, um campeão de votos em Minas, mas o ex-presidente optou pela candidatura de Bruno Engler, de família inglesa, mas cujos pais ou tios são de Bocaiuva. 

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