Ao assumir anteontem a cadeira do senador Carlos Viana, o senador Castellar Neto fez um discurso em que não deixou nada a desejar. Pelo contrário. Foi a Benedito Valadares, que apresentou Juscelino Kubistchek à política, que alçou voos mais altos, chegando à presidência da República. Citou Tancredo Neves, não sem antes lembrar de Milton Campos, enfim, o novo senador, que não deixou de citar seu pai, Castelar Guimarães, ou Marcelo Aro, ambos na plateia, a rigor deu um passeio na história política mineira, mesmo que em substituição ao senador Carlos Viana, sobre o qual falaremos mais adiante, que sai para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte.
Castellar Neto na verdade deu uma aula sobre a política mineira, citando nominalmente aqueles que, um dia, foram grandes na política do Estado. Não deixou de citar um nome sequer, ou seja, deu mesmo uma aula sobre a nossa política, mencionando imagens e figuras próprias da mineiridade. Foi antecedido, na sessão de posse, pelo conterrâneo Rodrigo Pacheco, outro nome também falado para a política do presidente Lula, que, aliás, enfrenta problemas, com o dólar disparando em 1,9% e fecha a R$ 5,99, no maior patamar em três semanas.
Mas Castellar Neto não deixou por menos. Deu uma aula, sob os auspícios do presidente da Casa, que é também cotado para a disputa à Prefeitura de Belo Horizonte ou para a equipe de Lula.
Ao Carlos Viana deve-se uma explicação. Viana era comentarista da antiga Itatiaia e me deu a informação, naquela oportunidade, por que Romeu Zena iria ser eleito. Primeiro que Zema pediu voto para Bolsonaro, no último debate pela TV Globo. Depois era só deixar rolar. O que foi feito.
Mas o importante para hoje é o discurso de Castellar Neto. O jovem senador evocou os grandes nomes da tradicional política mineira, saudou e reconheceu o pai e o avô, a mãe, esposa, filhos e irmãs, deu um show. Uma senhora aula para quem está no começo da vida pública, que tem tudo para ser salutar. Se ele se nortear pelas palavras proferidas no Senado tem muito para dar certo.