Que tal uma bandeira nova para Belo Horizonte? Pois é, o assunto voltou à baila nesta semana em que os belo-horizontinos terão que escolher um novo pavilhão para a capital. É que a Justiça Eleitoral deu o sinal para a realização de uma consulta popular sobre a proposta de uma nova bandeira de BH. Uma consulta boba, própria de quem não tem o que fazer.
O referendo ocorrerá no dia 6 de outubro, juntamente com o primeiro turno das eleições municipais de 2024. Assim, os eleitores da capital mineira – e isso só vale para a capital – terão a oportunidade de votar para prefeito, vereador e também decidir sobre a possível alteração do símbolo da cidade.
A discussão sobre a troca da bandeira começou no ano passado, quando a ideia foi debatida na Câmara Municipal. O projeto surgiu quando o designer gráfico Gabriel Figueiredo, de forma absolutamente aleatória, criou e divulgou nas redes sociais uma nova versão para a bandeira, propondo uma renovação da identidade visual da cidade. O trabalho chamou a atenção dos parlamentares municipais, que decidiram avançar com a proposta.
Parlamentar municipal não tem muito o que fazer, né? De forma que a proposto avançou célere. O designer acha que bandeiras devem ser simples, a ponto de que uma criança consiga desenhá-las de memória. Para o designer belo-horizontino, a atual representação falha ao não considerar, por exemplo, que os brasões devem ser simples, com simbolismo forte, poucas cores, evitar frases e emblemas e serem distintas.
Em julho a lei foi sancionada pelo prefeito Fuad Noman (PSD) - que deve ter gostado da ideia, a ponto de fazer com que o texto, para entrar em vigor, dependesse de aprovação popular por meio de um referendo. Assim, o texto, por aprovação do prefeito, veja só, deverá ser definido pela Justiça Eleitoral, que a essa altura já deve ter sido aprovada, a despeito de um parecer desfavorável do TRE-MG. De forma que poderão participar da votação os eleitores regularmente inscritos em Belo Horizonte até 8 de maio de 2024, data limite para os alistamentos, transferência e revisão eleitoral.
E tudo isso quando o Rio Grande do Sul sofre as consequências das chuvas e do granizo, quando o país vive as questões climáticas, quando o Aeroporto Salgado Filho mal começa a funcionar, enfim, o país enfrenta incêndios por todos os lados, para não dizer que o Distrito Federal também sofre com as queimadas, efeito justamente das questões climáticas, e o país como um todo queima a tal ponto que o céu já não é mais o mesmo. E a Câmara Municipal, com o prefeito Fuad junto, sendo incapaz de consertar o que já está estragado no bairro Serra. Eita Belo Horizonte que não toma jeito.