Gestor de Futebol pela CBF Academy e pela Universidade do Futebol, pós-graduado em Direito Desportivo e Negócios no Esporte.

Do QI ao QE: o próximo passo no trabalho do treinador

Publicado em 19/09/2023 às 06:00.

Todos sabemos a enorme pressão que envolve o trabalho de um treinador de futebol, em um ambiente constantemente hostil e multifacetado. As emoções correm soltas e, por mais líder que seja deste processo, penso que cada vez mais estes profissionais precisam trabalhar suas respectivas inteligências emocionais. E digo mais: com ajuda de profissionais.

De nada adianta um QI (Quociente Intelectual) alto, se há um QE (Quociente Emocional) deixando a desejar. Treinadores que possuem o importante soft skill de controlar emoções tomam melhores decisões e cultivam melhores relacionamentos. Isto porque, antes de querer controlar as emoções dos outros (liderados), é preciso uma capacidade de autoconhecimento, entendendo os próprios sentimentos. Somente a partir daí, será possível criar empatia e entender o sentimento alheio.

A partir da habilidade de gerenciar suas próprias emoções e as dos outros, que compõem a essência de uma boa liderança, é que será possível minimizar o feroz contexto de um clube de futebol e, por consequência, criar um ambiente emocionalmente mais saudável.

Um psicólogo esportivo pode e deve auxiliar os treinadores no gerenciamento do seu próprio estresse e ansiedade, assim como na orientação para melhor compreender seus jogadores.

Aos poucos, os clubes têm entendido a importância da saúde mental no esporte e já consideram o psicólogo praticamente como um membro da comissão técnica. Entretanto, é preciso compreender que o trabalho deste profissional vai além do atendimento aos atletas. O treinador precisa ser ajudado, o que não significa nenhum sinal de fraqueza, mas sim do compromisso com o bem-estar e o desempenho da equipe. Este é o próximo passo!

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