O Campeonato Brasileiro chega ao seu desfecho, e o Palmeiras se firma como virtual campeão. Uma trajetória marcada pela estratégia e liderança firme. Por trás desse sucesso, emerge uma figura importante: Leila Pereira, a presidenta do clube, que durante o ano enfrentou não apenas desafios esportivos, mas também resistiu a deboches e insultos injustificados, muitas vezes impulsionados por preconceitos de gênero.
O tratamento inicial de "tia Leila" deu lugar a uma avalanche de críticas, demonstrando o incômodo de alguns diante da presença de uma mulher em uma posição de poder tão relevante. Contudo, Leila não se abalou. Pelo contrário, consolidou-se como uma gestora esportiva exemplar, desafiando estereótipos e comprovando que competência e liderança não têm gênero. Mulher de fibra e coragem!
Enquanto muitos clubes optaram pela gastança desenfreada em contratações, Leila apostou no fortalecimento de processos. Esta visão estratégica resultou em contratações pontuais, valorizando a qualidade sobre a quantidade. O Palmeiras não apenas manteve uma excelente estrutura técnica, liderada por Abel Ferreira, mas também demonstrou um claro foco na formação de talentos, culminando em vendas recordes, inclusive a maior da história do futebol brasileiro.
Para os menos atentos, pode ser desafiador perceber o brilhantismo do planejamento que conduziu a menos contratações e um olhar cuidadoso sobre a formação de novos talentos. Leila Pereira não apenas enxergou, mas implementou um projeto que vai além dos resultados imediatos, visando a sustentabilidade e o crescimento a longo prazo do clube.
A excelência da gestão de Leila também se reflete na atenção aos detalhes, como o investimento em logística. A aposta na compra do avião não foi apenas uma questão de luxo, mas uma estratégia eficiente para reduzir o tempo de deslocamento, minimizar o assédio de torcedores e proporcionar mais tempo de descanso aos jogadores. Uma jogada de mestre que resultou em um time mais preparado e coeso. Em um calendário demasiadamente puxado, a recuperação faz toda diferença.
Mesmo que o Palmeiras não tivesse conquistado o título, Leila Pereira já teria dado um show de gestão. Como bem costuma dizer Felipe Ximenes, "o certo é o certo, mesmo dando errado". A fila para pedir desculpas está virando a esquina.