CEO da Prime Talent. Professor da Fundação Dom Cabral, Presidente da ABRH-MG, Conselheiro do ChildFund e ACMinas

Apatia tem destruído carreiras

Publicado em 06/02/2025 às 06:00.

As empresas, atualmente, procuram entregar mais resultados, com menos pessoas e com o máximo de aplicação da tecnologia. Assim, a grande maioria delas está em busca dos melhores talentos, para se manterem relevantes no mercado, frente à crescente concorrência. E, claro, os profissionais mais desejados são aqueles que têm “brilho nos olhos” e que reúnem o maior número de competências e habilidades possível, somado à profundidade técnica na função que exercem. Evidentemente, uma das soft skills mais demandadas é a atitude. É por meio dela que ocorre o movimento dentro das organizações. Sabe aquele profissional que percebe que algo pode dar errado e já aciona quem precisa? Ou, quando acontece um erro, não “joga para debaixo do tapete”? Então! Esse é o mesmo colaborador propositivo e que vai gerar mais resultados positivos onde trabalha.

Em um mundo em constante mudança, a curiosidade se torna uma competência crucial. Profissionais curiosos estão mais propensos a explorar novas ideias, aprender com as experiências e adaptar-se rapidamente às transformações do setor. Essa mentalidade proativa não só melhora o próprio desempenho, mas  agrega valor à organização, já que traz novas perspectivas e soluções criativas. A capacidade de questionar, investigar e buscar melhorias é uma forma eficaz de se destacar em meio à concorrência.

Por outro lado, é provável que você conheça alguém que está com o nível de motivação tão baixo que não se importa se a empresa atinge ou não seus resultados. A falta de energia para trabalhar e a indiferença são as principais características de um profissional apático no ambiente corporativo. Diante desse comportamento, a pessoa passa a exercer suas atividades como uma “máquina”, ou seja, produzindo apenas o que é solicitado e, consequentemente, mantendo suas entregas – quando muito – no nível mediano, para não dizer medíocre.

Vários são os fatores que podem provocar essa apatia nos indivíduos, desde a cultura da empresa, quando tóxica, passando por questões de ergonomia e luminosidade, até problemas de relacionamento entre membros da equipe ou com o líder imediato. Da mesma forma, estruturas organizacionais muito rígidas ou retrógradas são ambientes favoráveis para criar esse profissional inerte.

Como evitar que isso aconteça? Por um lado, cabe aos líderes proporcionar um clima agradável, com comunicação clara e transparente, bem como onde todos tenham voz para implementar mudanças. Por outro, é preciso que haja o protagonismo. Quer dizer que você deve assumir a gestão da sua carreira. Se trabalha em um lugar onde não consegue exercer suas competências e habilidades na totalidade e onde não é desafiado, crie caminhos para resolver a questão. Ou, se não conseguir, busque outras empresas. O que não pode é entrar no alto grau de apatia. Perdem a corporação e – mais ainda – você, que se tornará um profissional substituível. Pense nisso!

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