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David Braga é CEO da Prime Talent. Professor da Fundação Dom Cabral, Presidente da ABRH-MG, Conselheiro do ChildFund e ACMinas

Para bom entendedor, meia palavra basta

Publicado em 17/04/2025 às 06:00.

O ditado popular “para bom entendedor, meia palavra basta” ilustra a habilidade de algumas pessoas em compreender e interpretar informações de forma rápida e eficaz. Essas pessoas, que conseguem captar o essencial de uma mensagem com poucas palavras, demonstram uma atenção aguçada, além de um conhecimento prévio que facilita o entendimento em diversas situações. Essa capacidade se torna particularmente valiosa em ambientes corporativos, onde a comunicação precisa, objetiva e assertiva e a agilidade na tomada de decisões são fundamentais para o sucesso das operações.

Para desenvolver essa habilidade é essencial praticar a escuta ativa, que envolve prestar atenção não apenas às palavras, mas também ao tom de voz, à linguagem corporal e ao contexto das conversas. O cultivo de um ambiente de aprendizado contínuo é igualmente importante, pois amplia o repertório de conhecimentos, permitindo que as pessoas reconheçam padrões e compreendam melhor as mensagens transmitidas. Participar de discussões e buscar feedback são práticas que também podem aprimorar significativamente a capacidade de interpretar informações de forma eficaz.

No entanto, o risco de se tornar precipitado e acreditar que se sabe tudo pode levar a conclusões prematuras e mal-entendidos. Essa abordagem superficial resulta em decisões baseadas em informações incompletas, prejudicando a análise de situações importantes. A crença de que se compreendeu tudo pode gerar uma falsa segurança, fazendo com que os indivíduos deixem de questionar ou buscar esclarecimentos adicionais quando necessário, comprometendo a qualidade do entendimento.

Deixar de perguntar quando não se entende algo ou quando existe insegurança em executar uma atividade pode ser uma escolha arriscada no ambiente profissional. A dúvida não esclarecida pode levar a erros sérios e à perda de oportunidades. A afirmação “quem pergunta aprende” nunca foi tão pertinente, pois questionar é um indicativo de proatividade e desejo de aprendizado. 

No contexto corporativo, essa precipitação pode ter consequências graves. Decisões mal-informadas não apenas afetam a produtividade e a moral da equipe, mas podem também prejudicar a reputação da empresa. Projetos podem ser mal direcionados e problemas subestimados, gerando retrabalho e desperdício de recursos. Além disso, a falta de disposição para discutir ideias e ouvir diferentes perspectivas pode limitar a inovação e a colaboração, fatores essenciais para o crescimento organizacional.

Assim, enquanto ser um “bom entendedor” é uma habilidade valiosa, é igualmente importante equilibrá-la com a humildade de reconhecer que sempre há mais a aprender. No ambiente corporativo, cultivar um espírito de curiosidade e uma disposição para buscar informações completas garantem que as decisões sejam bem-fundamentadas. Combinar a escuta atenta com a busca contínua por conhecimento é, certamente, o caminho mais seguro para garantir o sucesso e a eficácia nas interações profissionais.

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