CEO da Prime Talent. Professor da Fundação Dom Cabral, Presidente da ABRH-MG, Conselheiro do ChildFund e ACMinas

Ser empático não é se colocar no lugar do outro

Publicado em 23/01/2025 às 06:00.

A empatia é frequentemente mal compreendida como a simples capacidade de se colocar no lugar do outro. Contudo, essa visão pode ser limitante, visto que cada indivíduo traz consigo uma história única, formada por suas experiências, crenças, cultura e perspectivas diferentes. Tentar se colocar totalmente na posição do outro pode, na verdade, desconsiderar essas nuances e a complexidade das vivências alheias. Assim, a verdadeira empatia não reside em adotar a perspectiva do outro, mas sim em reconhecer e respeitar suas diferenças.

Em um mundo cada vez mais polarizado, adotar uma abordagem respeitosa é mais importante do que nunca. A polarização social e política frequentemente gera divisões que dificultam nossa capacidade de ouvir e compreender o outro. No entanto, ao reconhecermos que cada indivíduo carrega não apenas uma visão de mundo, mas também um conjunto único de valores e experiências que a fundamentam, criamos oportunidades para diálogos mais significativos e construtivos. Essa abertura para escutar e compreender é fundamental para a construção de um ambiente pautado pelo diálogo e pelo respeito mútuo.

Respeitar as diferenças implica em rejeitar o julgamento simplista que muitas vezes permeia as interações sociais. Ao valorizarmos a diversidade de histórias e perspectivas, promovemos um espaço onde todas as vozes têm a oportunidade de serem ouvidas e respeitadas. Isso não só enriquece nossas próprias visões, mas também fortalece a coesão social, permitindo que as comunidades trabalhem juntas na busca de soluções para os desafios que enfrentam. A empatia, portanto, se torna uma ferramenta poderosa para unir as pessoas em vez de dividi-las.

Para ampliar a sua empatia é preciso que você dedique atenção plena ao que a outra pessoa está dizendo, o que significa ouvir não apenas as palavras, mas perceber a linguagem corporal e as emoções envolvidas. Da mesma forma, busque entender a perspectiva do outro, considerando suas experiências e sentimentos. Isso pode envolver questionar suas próprias suposições e preconceitos, ampliando sua compreensão sobre a situação do outro. Não menos importante, pratique a compaixão, uma vez que ao observar o sofrimento dos outros, desenvolva uma resposta compassiva. Isso pode envolver a disposição para ajudar ou oferecer suporte emocional. A ação compassiva reforça a conexão empática.

Fato é que sempre podemos apoiar aqueles que nos rodeiam. Nossa existência seria muito monótona sem a oportunidade de interagir com outras pessoas, compartilhar momentos felizes e enfrentar desafios que nos trazem maturidade emocional e enriquecem nossa jornada. Afinal, o tempo parece estar passando cada vez mais rápido, não é mesmo? Que possamos sempre ter a sensibilidade de perceber as pessoas que nos rodeiam, oferecendo a elas tempo de qualidade e apoiá-las no que for preciso. Isso sim é deixar um belo legado e conectar quem somos, com o nosso propósito. Pense nisso. 

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