Aos poucos a população começa a acompanhar a eleição nas cidades, saber quem é candidato e inicia efetivamente o processo emocional entre os postulantes e os eleitores com vistas à decisão derradeira em 06 de outubro.
Estamos a praticamente 5 semanas das eleições. Para aqueles que estão na frente das pesquisas, um tempo longo que exigirá foco para se manterem na dianteira, com planejamento cirúrgico para não errar, com estratégia nas falas, entrevistas, humildade, angariar mais recursos financeiros para a reta final, fortalecer foco e coesão das equipes, apoios políticos e sabendo das brigas que valem a pena entrar.
Para os demais candidatos é pouco o tempo, principalmente no caso das grandes cidades, para os que são pouco conhecidos e que têm que se virar para se tornar visíveis e convencer o eleitor que merece seu voto.
Nesse diapasão, no caso da eleição em BH, o líder nas pesquisas Mauro Tramonte leva uma brutal vantagem. Bem conhecido de boa parte da população, em detrimento do seu passado recente como apresentador do programa Balanço Geral da TV Record Minas, demonstra conhecer os problemas do dia a dia da população. Com baixa rejeição, vitaminou sua candidatura agregando o Governador Zema e o ex-prefeito Kalil, e vem a cada pesquisa somando pontos.
Para ilustração, vide recente pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira, dia 28 de agosto. Mauro Tramonte (Republicanos): 30%, Duda Salabert (PDT): 12%, Bruno Engler (PL): 12%, Fuad Noman (PSD): 9%, Carlos Viana (Podemos): 8% e Rogério Correia (PT): 6%.
Percebam que no segundo pelotão estão todos embolados e com chances em lograr êxito na disputa de um segundo turno contra o líder Mauro Tramonte. Cada um com suas forças e fraquezas.
Pelo cenário atual, um destaque a ser citado é a pífia pontuação do candidato do presidente Lula, o petista Rogério Correia. E não há viés ou perspectiva de alta, pelo contrário. Tendência de no transcorrer da campanha eleitores de esquerda identifiquem a Duda como o nome mais adequado e com chances reais de ir para o segundo turno contra Mauro Tramonte, inclusive com transferência de votos do petista. Confirmada essa hipótese, Rogério Correia corre o risco de fechar o primeiro turno em patamares similares de petistas em outras eleições, como em 2020 com 1,88% de Nilmário Miranda e abaixo dos 7,27% de Reginaldo Lopes em 2016.
Há muito a ocorrer, mas fatos e análises de cenários, perspectivas, capacidade de agregar e mobilização política, recursos financeiros e pesquisas, indicam que a disputa de quem disputará o segundo turno com Tramonte, caso confirmem as fortes tendências, está entre Duda, Fuad e Engler.
Assim sendo, conquistará a segunda vaga aquele nome que souber desconstruir os outros dois com efetividade na estratégia e na comunicação!