A Fiemg, sob a batuta do arrojado e proativo Flávio Roscoe na defesa do segmento, é protagonista de um evento singular e da maior relevância. Intitulado Imersão Indústria, é considerado o maior do setor no Estado e com foco central em “antecipar mudanças e abrir portas para inovações e estratégias mais claras e fortes”.
O mesmo acontece nos próximos dias 10, 11 e 12 de abril, com mais de 50 especialistas e painéis simultâneos e mais de 50 horas de conteúdo relacionados a ESG, Gestão de Negócios, Energia e Meio Ambiente, Inovação e Tecnologia, Gestão Tributária, Economia e Finanças e Capital Humano e Relações do Trabalho.
Com grande satisfação e entusiasmo integrarei este painel ao lado de cientistas políticos de destaque nacional, a saber: Fernando Schuler e Lucas de Aragão. Seu formato será bem objetivo e rico em análises nas duas partes: na primeira o cenário político atual, com destaque para a forte polarização pós eleições 2022, a quantas anda a relação Executivo e Legislativo federal e o xadrez eleitoral que se apresenta no país. E na segunda parte analisaremos especificamente o cenário político – eleitoral em MG, com destaque para a eleição para a Prefeitura de BH.
Nesta, tudo indica que será uma eleição difícil, com resultado final imprevisível, de repercussão nacional. É importante frisar que o tabuleiro atual pode sofrer mudanças até o período oficial das convenções partidárias, em detrimento de interesses partidários nacionais e de suas lideranças.
Um paradoxo interessante será apresentado: BH, desde a primeira eleição municipal pós redemocratização, em 1988, até o presente, foi sempre governada por partidos de centro-esquerda e de esquerda. E por outro lado, pesquisa recente do Datatempo mostra que 33,8% se definem como de direita (centro-direita, direita e extrema direita), contra 22,6% que se definem de esquerda (centro-esquerda, esquerda e extrema esquerda).
Deve ser ressaltado inclusive o fato que, não obstante a vitória nacional de Lula, Bolsonaro venceu na capital mineira no segundo turno presidencial, com 54,25% dos votos, contra 45,75% do petista.
Todos estes ingredientes indicam que teremos uma eleição singular na capital mineira. Ao contrário das outras, nesta as cúpulas partidárias nacionais e suas principais lideranças serão mais proativas e influentes nas definições das chapas (prefeito e vice), das coligações e dos encaminhamentos do quase certo segundo turno.
Só teremos uma democracia sólida e um país mais justo, sustentável e menos desigual quando tivermos a política e a economia realmente voltadas para o interesse público, sobrepondo-se a interesses pessoais, escusos, partidários, corporativos e a medidas populistas, paternalistas, irresponsáveis e ilegais.