Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político

Mauro Tramonte favorito à PBH. É possível vitória no 1º turno?

Publicado em 19/07/2024 às 06:00.

Em princípio, algumas reflexões necessárias. O cenário eleitoral dos postulantes à Prefeitura de BH ainda não está definido. Atualmente são 9 candidatos: Mauro Tramonte (Republicanos), o atual prefeito Fuad Noman (PSD), Luísa Barreto (Novo), Bruno Engler (PL), João Leite (PSDB), Gabriel Azevedo (MDB), Carlos Vianna (Podemos), Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT).

Há grandes possibilidades de que nos próximos dias alguns nomes dispostos acima saiam da disputa, talvez 3 deles, motivados por determinações vindas de Brasília, análises de pesquisas internas e composições políticas e estratégicas.

Importante ressaltar que o tempo real de campanha eleitoral é curto para algum candidato pouco conhecido reverter a situação. O grosso da população está alheia ao processo e continuará pelo menos até meados de agosto. De 26 de julho a 11 de agosto teremos a Olimpíada de Paris, e esta temática dominará as mídias principais e a atenção da população, com as disputas e quadro de medalhas em evidência.

E estes fatores potencializam sobremaneira o pré-candidato Mauro Tramonte, demonstrado em algumas pesquisas. Pela Quaest divulgada nesta semana, 50% dos entrevistados o conhecem e votariam nele e 15% não o conhecem. Pela pesquisa espontânea do Datatempo, naquela que não é apresentada os nomes, 63,8% não sabem em quem votar. Os mais distraídos podem dizer que o jogo está aberto para qualquer um dos 9 crescer. Não é bem assim. Com o tempo exíguo, aqueles mais conhecidos e com menos rejeição levam vantagem em crescer ainda mais.

Falando em rejeição, ainda segundo o Datatempo, ao ser perguntado “Se a eleição para prefeito de BH fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem você não votaria de jeito nenhum”, o mais rejeitado é Rogério Correia, do PT, com 19,9%, seguido de Bruno Engler, do PL, com 10,9%, e Duda, do PDT, com 9,2%. Em mais um dado extremamente positivo, Mauro Tramonte é rejeitado por apenas 5,3% dos entrevistados.

Posto isso, como estratégia eleitoral não se faz baseada em “achismos” e conversas de botequim, mas interpretando números e fatos, há uma forte tendência de quanto mais pessoas souberem que o Tramonte é candidato, maior a possibilidade de crescimento.

Neste diapasão, estaria bem encaminhada sua vaga no segundo turno da eleição. Uma reflexão final: há possibilidade de vitória do Tramonte ainda no primeiro turno?

Com o atual quadro de 9 candidatos, por suposto não. Mas em análise à recente pesquisa Datafolha sobre BH, em que 23% da população se define de centro, 14% centro-direita e 28% direita, totalizando 65%, caso ocorra desistência de nomes destes espectros políticos em apoio ao seu nome, a possibilidade aumenta consideravelmente.

Para uns, algo bem improvável e até impossível. Mas dois pontos finais a serem levados em conta. É melhor para o Zema e o Novo manterem uma candidatura da Luísa, uma pessoa deveras qualificada e competente, mas com dificuldades de se tornar conhecida e crescer nas pesquisas, ou compor chapa com um nome de diálogo com grande potencial de vitória? 

E para o PL de Bruno Engler, que não obstante estar bem posicionado nas pesquisas e com possibilidades de um certo crescimento, imprescindível analisar se vale o risco de ser derrotado em um possível segundo turno -  pesquisa Quaest de segundo turno em um cenário de Mauro Tramonte com Bruno Engler, aquele tem 54% e este 20%-,  e carimbar a derrota em Bolsonaro no estratégico colégio eleitoral de BH, ou compor ainda no primeiro turno com o candidato do Republicanos? Ao estilo, vão-se os anéis, mas ficam os dedos, ou melhor, ajudamos a derrotar a esquerda na capital mineira e saímos fortes rumo a 2026!

Ainda números da recente pesquisa Quaest, ao ser perguntado “Votaria em um candidato indicado por Zema?”. 28% disse sim. E por Bolsonaro? 31% disse sim. Na soma, 59%!

Estes arranjos, caso se concretizem, possibilitariam fortalecer ainda mais o nome de Mauro Tramonte, com aumento considerável do tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral gratuita (30 de agosto a 3 de outubro), de grande valia para um exímio comunicador como ele.

Aguardemos decisivos e emocionantes próximos dias de definições!

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