Redução de uma viagem de uma hora para 20 minutos. A caminho, uma alternativa para aliviar o problema de mobilidade nas grandes metrópoles mundo afora.
Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, drones que transportam pessoas e mercadorias em pequenas distâncias ainda é algo distante, tipo ficção cientifica retratada no emblemático desenho dos Jetsons.
Mas, para países como Coreia do Sul, é algo bem mais próximo do que imaginávamos. Este cada vez mais pujante país do continente asiático, na década de 70 do século passado, era não só inexpressivo em termos econômicos, mas com graves problemas sociais. Conforme relatórios do Banco Mundial, no ranking global de desenvolvimento, a renda anual dos brasileiros era duas vezes maior que a dos coreanos.
Com um investimento forte em educação e gestões eficientes dos governos, hoje o país destaca-se em qualidade de vida e no setor tecnológico. A economia nacional cresceu, em média, 9,1% ao ano entre 1980 e 1993, uma das taxas mais altas do mundo. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) sul-coreano é considerado muito alto: 0, 877, ocupando o 12° lugar no ranking mundial.
No quesito tecnológico, cada vez mais importante na atualidade, em pesquisa realizada pela Opensignal entre os dias 1º de janeiro e 31 de março de 2021, foi atestado que a Coreia do Sul é o país que oferece a melhor qualidade de download em 5G, liderando o ranking mundial de velocidade da tecnologia. Este fato possibilita inúmeras vantagens econômicas e sociais para o país e no dia a dia das pessoas, potencializando a qualidade de vida de todos.
Neste diapasão, o Ministério da Infraestrutura e Transporte e o governo metropolitano de Seul anunciaram, nesta semana, ousadas metas de transporte de pessoas por drones para 2025. O plano governamental é estabelecer vôos de teste entre as periferias e os centros das cidades entre 2022 e 2024.
Alguns modelos foram apresentados no evento, incluindo um em desenvolvimento pela Hyundai em parceria com a Uber, que tem capacidade para transportar até cinco passageiros, incluindo o piloto.
Dois grandes desafios iniciais serão um controle de tráfego aéreo certeiro e vencer a desconfiança das pessoas com a segurança do transporte. Temas que seguramente são superados com o tempo. A certeza é que teremos nas próximas décadas avanços incríveis na resolução dos problemas no sistema de mobilidade mundo afora, especificamente nos países desenvolvidos.
E por aqui, ao que tudo parece, talvez apenas as próximas gerações.