No dia 15 de março, celebramos o Dia do Consumidor, uma data que deveria enaltecer os direitos e o poder de compra dos brasileiros. Contudo, o cenário atual nos impõe uma reflexão profunda sobre os desafios enfrentados pela população diante do aumento incessante da inflação, especialmente no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro foi de 1,31%, a maior taxa para o mês desde 2003. No acumulado dos últimos doze meses, o índice atingiu 5,06%, superando os 4,56% registrados nos doze meses anteriores. O maior avanço para o mês desde 2003
Um dos principais vilões desse aumento foi a energia elétrica residencial, que registrou um crescimento de 16,80% em fevereiro, impactando em 0,56 ponto percentual o índice geral.
O encarecimento dos alimentos é particularmente preocupante. Embora o governo projete uma safra recorde de 325,7 milhões de toneladas de grãos para 2025, um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior, os preços dos alimentos continuam a subir.
Essa contradição entre a alta produção e os preços elevados indica falhas na gestão e distribuição, afetando diretamente o consumidor.
O governo federal, entretanto, parece alheio a essa realidade. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê uma queda da inflação em 2025 devido à supersafra, mas admite que os preços permanecerão em patamares elevados. Essa postura passiva diante do sofrimento da população é inaceitável.
É imperativo que o governo federal assuma sua responsabilidade e adote medidas concretas para combater a inflação. Sem ações efetivas, o Dia do Consumidor continuará sendo uma data de lamentação, em vez de celebração.
Como vereador de Belo Horizonte, reafirmo meu compromisso em lutar pelos direitos dos consumidores e cobrar das autoridades competentes soluções para a crise que enfrentamos. Não podemos aceitar que a população pague o preço da ineficiência governamental.
Neste Dia do Consumidor, que possamos refletir sobre nosso papel como cidadãos e exigir dos nossos governantes o respeito e a dignidade que merecemos. Afinal, o poder emana do povo e é em seu benefício que deve ser exercido.