Não é possível que eleitores de Lula não se incomodem com o fato dele, que se diz tão democrata, ter como aliado Maduro e outros ditadores sul-americanos, africanos e árabes, ter um posicionamento contra Israel que sofre com ataques terroristas desumanos e fazer vista grossa ao que Putin tem feito na Ucrânia. Lula é um aliado do mal!
Tudo bem que suas nefastas declarações sobre as guerras não irão mudar nem uma vírgula nos combates, a não ser excluir o Brasil da maioria dos países civilizados, nos colocando em um hall calamitoso de países que apoiam ditaduras e terroristas.
Mas com relação ao que acontece na Venezuela, uma vez que nossos vizinhos estão prestes a passar por pseudo eleições presidenciais, Lula, se for de fato a favor da democracia, pode fazer sim!
A Venezuela enfrenta a maior crise humanitária registrada na história da América Latina, com quase 8 milhões de cidadãos buscando refúgio em outros lugares. As razões para essa crise incluem fome, desrespeito aos direitos humanos fundamentais, repressão política e o receio da presença da criminalidade organizada, que infiltrou os níveis mais altos do governo.
Na Venezuela, as prisões políticas ocorrem de forma sistemática. Entre 2014 e 2023, estima-se que ocorreram cerca de 15.700 prisões desse tipo. Atualmente, aproximadamente 300 pessoas estão detidas nessas condições, sendo que pelo menos 100 delas estão encarceradas há mais de três anos.
Em relação a Lula, embora tenha posições questionáveis sobre Vladimir Putin e o Hamas, seu apoio a Maduro é ainda mais problemático. Em vez de deixar claro que eleições presidenciais viciadas no país vizinho são inaceitáveis, ele mantém uma posição duvidosa. Lula afirmou ser necessário garantir a "presunção de inocência" ao governo da Venezuela na votação marcada para 28 de julho. Em outras palavras, ele sugere aguardar o desenrolar do processo antes de questionar sua lisura.
Num ato de desonestidade política e intelectual, o presidente brasileiro afirmou que a oposição a Maduro não deve agir como Bolsonaro, desqualificando assim o processo eleitoral.
A sistemática exclusão de candidatos, como no caso atual de Maria Corina Machado, líder da oposição, tornou-se a norma nas eleições venezuelanas.
Antes das eleições de 2018, todos os principais partidos de oposição e seus candidatos foram retirados das cédulas pela Justiça Eleitoral, deixando apenas candidatos de pouca expressão política, conferindo uma aparência falsa de legitimidade ao pleito, que foi, na verdade, a culminação da repressão.
Lula afirmou que a oposição venezuelana não deve "ficar chorando" por alguém ter sido impedido de concorrer. Diante das evidências de descalabro político acumuladas ao longo dos anos na Venezuela, Lula colabora em um encobrimento de perversidades. Ele está alinhando o Brasil de maneira definitiva ao que há de mais vil na política contemporânea.