É isso mesmo que você leu. O transporte público em BH que já é péssimo, agora vai ficar pior. Isso porque a Prefeitura não quis prorrogar o prazo de vigência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) desses veículos. Desde o último sábado, 23 ônibus do transporte suplementar, conhecidos como “amarelinhos”, não circulam pelas ruas de Belo Horizonte.
Os suplementares ligam bairros da capital e transportam cerca de 85 mil passageiros por dia. Com o encerramento dos contratos, a frota ficará reduzida. Porém, a Prefeitura da capital mineira garante que a população não será prejudicada e que as linhas não deixarão de existir.
Cabia ao prefeito e sua equipe prorrogar o prazo, negociar, dialogar com a categoria uma vez que além de prejudicar diretamente a família de 23 permissionários, nosso prefeito, em uma medida arbitrária ainda afeta negativamente a vida de milhares de pessoas que dependem dos amarelinhos para se locomover em BH.
A maioria dos permissionários prejudicados são viúvas de motoristas licenciados em 2001. Elas desejam continuar. É uma necessidade financeira. O carro é o sustento da família. Se não continuarem, não sabem o que vão fazer.
Além da licitação de 2001, houve uma nova licitação em 2016. Os 23 veículos beneficiários do TAC, acordo firmado junto ao Ministério Público de Minas Gerais, não passaram pela nova licitação e, por determinação do ex-prefeito Alexandre Kalil, puderam continuar rodando até este ano.
Os motoristas dos 23 veículos pedem para a Prefeitura de BH uma licença para rodar até 2028. Já que eles rodaram por cinco anos, por que não rodar todo o contrato que acaba em novembro de 2028? Uma vez que a situação do transporte público na nossa cidade é caótica e os suplementares são um alívio para a população, qual a dificuldade do prefeito e prorrogar o prazo já que existe essa possibilidade?
O Sistema Suplementar foi licitado para operar em 26 linhas, com 300 permissionários com seus respectivos veículos, e opera hoje com 26 linhas com 242 ônibus, que se desdobram para prestar o melhor serviço ao usuário. Entretanto, com a permanente saída dos 23 beneficiários, a operação ficará comprometida, prejudicando o cidadão, usuário de ônibus na cidade de Belo Horizonte. Manifesto aqui o meu apoio à manutenção dos beneficiários do TAC até que a Sumob (Superintendência de Mobilidade de Belo Horizonte) conclua a recomposição da frota em 300 veículos.
Sigo firme lutando por mais transparência e melhorias no transporte público de Belo Horizonte. Conte sempre comigo!
Vou usar o Legislativo para reverter essa decisão ou até mesmo entrar na Justiça contra esse descaso da prefeitura. Um absurdo chegar nesse ponto.