Vivemos tempos em que o barulho do mundo tenta silenciar as verdades eternas. A Páscoa, para muitos, virou apenas um feriado prolongado, um tempo de descanso, chocolate e reuniões familiares. Mas, para nós que cremos, ela carrega um significado muito mais profundo — espiritual, histórico e transformador.
Como pastor, advogado e professor de Direito Constitucional, costumo dizer que a verdadeira liberdade não está apenas nas leis que regem um país, mas naquilo que liberta o coração do ser humano. E foi exatamente isso que aconteceu na cruz do Calvário. Jesus Cristo, o Filho de Deus, entregou sua vida por amor, pagando o preço que jamais conseguiríamos pagar por nossos próprios méritos. A ressurreição de Cristo não é apenas um marco da fé cristã, é o evento que ressignifica nossa existência. A morte não tem mais a última palavra. O pecado não é mais nossa condenação. A esperança venceu.
Como representante do povo de Belo Horizonte, vejo diariamente os efeitos da ausência de valores em nossa política, nas nossas leis, nas famílias e nas comunidades. O que falta muitas vezes não é recurso, é arrependimento. O que precisamos não é apenas de programas, mas de transformação verdadeira, que começa no coração.
A Bíblia diz que “se o Filho os libertar, verdadeiramente vocês serão livres” (João 8:36). Essa é a essência da Páscoa. Não é sobre religião, tradição ou símbolo. É sobre uma pessoa: Jesus. E sobre um fato: Ele vive.
Neste tempo pascal, convido cada leitor a olhar para além da casca do feriado e mergulhar na profundidade do que ele realmente significa. Que possamos reconhecer nossos erros, pedir perdão, perdoar o próximo e recomeçar. A cruz não é o fim da história. O túmulo está vazio. Há vida nova disponível para todos que creem.
Que a luz da ressurreição ilumine nosso caminho pessoal, nossa cidade e nossa nação. E que possamos, inspirados pelo sacrifício de Cristo, buscar uma sociedade mais justa, mais humana e mais temente a Deus.
Feliz Páscoa. Com fé, esperança e compromisso.