Desde o princípio dos tempos, apesar de sermos todos iguais, a humanidade está sujeita à dinâmica líder/liderado, senhor/servo, livre/escravo, rei/súdito, livre/escravo, opressor/oprimido etc.
A relação entre submissão e autoridade é bíblica e um dos propósitos disso é a organização, o progresso e o bem-estar das civilizações. Mas, com a queda do homem, esse princípio foi quebrado e mal-entendido: autoridades passaram a ser autoritárias e daqueles que se esperava submissão, se recebeu subversão.
Ao longo da história, grandes líderes se levantaram para libertar e pôr fim à opressão de seus povos. Moisés conduziu o povo de Israel à liberdade do Egito, Luther King lutou contra a segregação racial e por igualdade social e, no dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, Dom Pedro I declara a Independência do Brasil. Dessa forma, nos tornamos uma nação livre. Mas será que somos mesmo?
Na recente história de independência brasileira, nossa liberdade sempre foi ameaçada. A começar pela própria Guerra da Independência, afinal, não foram todos que comemoraram a independência; depois da proclamação, o imperador Dom Pedro I teve grande trabalho para conter as várias revoltas que ocorreram contra o processo.
Guerras, revoluções, revoltas, ditaduras e bravatas comunistas sempre ameaçaram a democracia e a liberdade dos brasileiros. Hoje, apesar de não convivermos com guerras como nos moldes antigos, onde havia o derramamento de sangue, vemos de forma sutil e, muitas vezes com discursos em um primeiro momento legítimos, nossa liberdade ameaçada.
As estratégias de tomada de poder mudaram. Em nome do politicamente correto, da democracia e da Justiça, nossos direitos são pouco a pouco minados sem que percebamos. Hoje somos subjugados por castas políticas que há décadas se mantêm no poder e pelos soberanos intocáveis juízes, os reis do Brasil. Eles determinam o certo e o errado, soltam bandidos, absorvem corruptos, ameaçam a liberdade, prendem quem os desagrada, atropelam a Constituição, intimidam o povo e assim perpetuam seus poderes.
Já ouviu falar na síndrome do sapo fervido? Vários estudos biológicos provaram que um sapo, colocado em um recipiente com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. Inchadinho e feliz. No entanto, outro sapo, jogado nesse mesmo recipiente já com água fervendo, salta imediatamente para fora, meio chamuscado, porém, vivo!
Não podemos ficar apáticos, nos calar e nos acostumar com o calorzinho da água que lentamente ferve o nosso corpo. Precisamos de desobediência civil se não quisermos assistir nosso alvedrio se esvair. É tempo de se posicionar, de manifestar pela nossa liberdade. Não me calarei!
Escrito em parceria com o jornalista Leandro Jahel.