Qual é a melhor hipótese num concurso ou no Enem? Ora, claro que é a aprovação. Mas... e quando ela não vem na primeira batalha? Não se preocupe. A imensa maioria dos candidatos não teve êxito na primeira prova de seleção.
É bom ganhar? Claro que é. Nós nos alegramos desde a vitória numa partida de truco ou purinha, até o triunfo numa faculdade ou num concurso disputadíssimo.
Mas temos de saber lidar com as derrotas que surgirão ao longo da vida. Quem consegue entender isso torna-se capaz de desfrutar as vitórias com muito mais sabor. É por isso que, desde a infância, somos treinados para sabermos perder.
Na vida adulta, essas pessoas são incapazes de lidar com a frustração. Tendem a culpar outras pessoas, ou as circunstâncias da vida, para justificar o fracasso numa prova. Não entendem que as reprovações fazem parte da jornada de um estudante vitorioso. E não conseguem forças para seguir estudando.
Alguns, infelizmente, convencidos de que o mundo é injusto, buscam o atalho da ilegalidade. Existem casos de candidatos que pagam fortunas para fraudar uma prova. Mas, se por um lado, as novas tecnologias propiciaram ilícitos mirabolantes, a polícia e as comissões organizadoras dos concursos também contam com meios para identificar essas fraudes.
É por isso que quando se tem notícia desses atos desonestos também temos notícia de crime em flagrante do candidato e das organizações criminosas que prometem essa manobra fácil que, de fácil mesmo, só tem o caminho da prisão.
É pela sua luta nos estudos que ocorrerá a melhor das hipóteses. Para ser mais exato, ela já ocorreu. Refiro-me ao fato de você pertencer à espécie humana. Então, não se transforme da melhor para a pior das hipóteses.
No caso dos concursos, para ocorrer essa triste transformação, basta adotar o caminho da fraude. Porque, como dizia Aristóteles sobre a melhor e a pior das hipóteses, “o homem é o melhor dos animais, mas também é o pior de todos, quando afastado da lei e da justiça”.
Bons estudos para todos.
*José Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, professor das Faculdades Promove e mestre em Educação. Autor dos livros “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.