José Roberto LimaAdvogado, professor e palestrante, com a experiência de quem foi aprovado em 15 concursos públicos.

Barbie concurseira

Publicado em 23/08/2023 às 06:00.

Depois de uma sequência de cirurgias, recuperei a saúde. Agradeço a todos que me desejaram melhoras. Então, eis o meu regresso à esta coluna sobre técnicas de aprendizagem e de memorização.

Com a devida licenciosidade. eu costumo acrescentar alguns artigos sobre “causos” da Polícia ou sobre lições do Direito. Mas o contexto não foge da temática principal sobre as coisas do Magistério.

Para recomeçar, decidi comentar sobre a boneca Barbie e o recente filme que a retrata. Vocês pararam para pensar que existe até a Barbie astronauta, mas ainda não existe a Barbie concurseira

Menos mal que exista a Barbie estudante. Mas ser concurseira é muito mais que ser estudante. Então, façamos esse pedido à Mattel: “Queremos as versões de concurseira e concurseiro da Barbie e do Ken”. Afinal, eles formam um lindo casal de namorados.

E, muito mais que simples estudante, um concurseiro, ou uma concurseira, não se limita a frequentar as aulas - presenciais ou online - e fazer os exercícios. Ele, ou ela, vão muito mais além.

As diferenças começam por serem ousados na busca de realizar seus próprios sonhos. E lutam para que eles não se transformem em pesadelos. Ah... como será bom inspirar as crianças nessa ousadia!

Como bem demonstra o filme, na fala da protagonista, a luta por nossos sonhos é como romper a membrana que separa a Barbilândia da realidade. Mas, como sugere a Barbie estranha, se o mundo real te assusta, se você tem medo de triunfar e ser feliz, é simples: basta entrar na caixa e ficar lá para sempre.

É claro que se pode criticar a Mattel por essa criação, sobretudo num contexto de mera exploração capitalista. Até circula na internet um meme em que a Barbie divorciada é disparadamente a mais cara. Quando o cliente pergunta o porquê, a vendedora explica: “Porque ela ficou com os bens do Ken e conquistou uma ótima pensão”.

Mas não se pode negar que as diversas versões da Barbie e do Ken realmente encantam. E, se isso for bem conduzido pelos pais, o resultado será um adequado desenvolvimento afetivo, o que é outro atributo para se dar bem nos estudos, e, afinal, para sermos felizes.

Então, entre críticas e encantos, busquemos arrefecer as polêmicas, tão comuns nesses tempos de intolerâncias. Vejamos o filme apenas como um entretenimento. E que, cada um de nós, possamos dele tirar as melhores lições de vida.

Assim, a todas a Barbies, a todos os Kens, desejo bons estudos.

*José Roberto Lima é advogado, professor da Faculdade Promove, autor de “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras

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