Recebi dezenas de mensagens sobre o artigo da semana passada, com o título “concurso e diferença de idade”. Muitos leitores vieram me contar histórias de emoção, de aprendizagem e de romances que resultaram em casamentos sólidos e felizes. Com efeito, concordando com o fato de que os cursos profissionalizantes, as faculdades e as escolas preparatórias para concursos têm alunos de faixas etárias diversificadas, vários leitores concordaram que a idade não importa no ritmo de aprendizagem.
Ao contrário, destacaram que a história de cada aluno ou de cada aluna tem interseções com os sonhos dos diversos grupos de estudantes. Então, em vez de eventuais dificuldades de coesão, esses grupos contam com a energia dos mais jovens, mesclada com a experiência e sabedoria dos mais experientes.
Isso faz disparar o aprendizado nessas turmas com integrantes de várias idades. E, indo além dos estudos, as relações afetivas são aprofundadas, com base no binômio “entusiasmos da juventude” e “aconselhamentos da melhor idade”.
Ao fim de alguns meses de estudos, nós, professores, começamos a receber dois tipos de convites: 1) para a posse num cargo público; 2) para o casamento que, inicialmente, seria totalmente improvável, considerando as diferenças de idade. Há, inclusive, casos de gerações totalmente distintas, unidas pelo amor. E o progresso nos estudos leva esses casais de passarinhos a não terem medo de ser feliz.
Tive um aluno de 23 anos de idade que se casou com uma colega de 41 anos. E vivem felizes. E tiveram um filho que é uma bênção. É claro que a diferença de idade é mais comum com o homem mais velho. Também tive um aluno de 63 anos que, ao me contar sobre a aprovação num concurso disputadíssimo, entregou-me o convite de casamento com uma jovem de 28 anos. E, depois de um ano, tiveram filhos gêmeos.
Enfim – leitor ou leitora – levar a sério os estudos é algo que não depende da idade. Ser feliz também não depende da idade. Então, escolha um curso da sua confiança e siga firme nos estudos.
Assim, durante a sua trajetória de estudante, o amor pode bater à sua porta. E o amor também não tem idade.
Desejo a todos bons estudos.
* Advogado, delegado federal aposentado, professor das Faculdades Promove e mestre em Educação. Autor dos livros “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do Advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.