Navegando pelas redes sociais você pode se deparar com várias pessoas bem-sucedidas nos estudos e – principalmente – na arte de ensinar para que outras pessoas “aprendam a aprender”. Meus vídeos e meus artigos são apenas alguns desses conteúdos no universo das técnicas de aprendizagem e memorização.
Além do Juiz Federal William Douglas, guru de todos nós nesse assunto, você tem muito a ganhar com o Professor Pierluigi Piazzi. Para conhecê-lo, pesquise no Google com esse link: https://g.co/kgs/F7dvrvP .
Num dos vídeos, o Professor Piazzi comenta um ensinamento do filósofo chinês Confúcio, que ele cita assim: “Se ouço, eu esqueço. Se vejo, eu entendo. Se faço, eu aprendo”. E o espaço privilegiado para ouvir é no contexto de uma classe escolar (presencial ou online).
Mas não basta ouvir. Porque, se apenas ouvimos, esquecemos quase tudo e não memorizamos nada. É preciso ver para entender. E ainda não basta. Quem entendeu precisa dar o passo adiante para aprender. Isso se alcança com a tarefa de fazer, ou seja, revisar os conteúdos e resolver as questões e exercícios propostas.
É claro que a postura de ver e ouvir¸ no caso de deficiências da visão ou da audição, podem ser substituídas por outros sentidos. Mas fazer... ah, de algum modo, todos nós podemos fazer, isto é, agir.
No entanto, existem desafios propiciados pelas comodidades da vida moderna, sobre as quais o Professor Piazzi comenta muito bem. Ele se refere, por exemplo, à caneta marca-texto. De fato, o que adianta marcar um texto e nunca mais voltar a ele para revisão? Valem muito mais as anotações num caderno. Porque, ao exercitar a mão escrevendo, cumprimos a tarefa do “fazer”, sem a qual não se aprende.
Algo semelhante ocorre com a digitação. Ele nos ensina que, quando digitamos “A” ou “B”, a CPU do computador faz os registros distintos dessas letras. Quanto a nós, ao digitarmos, nosso cérebro faz um mesmo registro para todas as letras. Só registramos letras distintas na nossa memória quando efetivamente escrevemos com as mãos.
Entre vários vídeos do Professor Pierluigi Piazzi, sugiro este: instagram.com/reel/DE06ntzuENU/?igsh e também este: facebook.com/wrkits/videos/1900398823303920 O primeiro foi, em parte, comentado acima. No segundo, ele ironiza o aluno que argumenta ser desnecessário aprender a tabuada porque existe calculadora. “Uai! Então para que aprender a andar?! Tem cadeira de rodas!”
Enfim, estude fazendo, ou seja, desenvolva o hábito de escrever durante os seus estudos e as suas revisões. Assim, em vez de as informações ficarem apenas no HD do seu computador, também ficarão no “HD” do seu cérebro. E é este que você levará até o local da prova.
Cumprimentando especialmente o genial Pierluigi Piazzi, desejo bons estudos para todos os meus leitores e seguidores.
* José Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, mestre em Educação, professor da Faculdade Promove e autor de “Como Passei em 16 Concursos”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.