O atual Governo tem anunciado cortes orçamentários para o equilíbrio das contas públicas. Nesse contexto, as reformas previdenciária e trabalhista têm sido objeto de grandes polêmicas, algumas promovidas por desavisados e outras até bem fundamentadas.
Mas o exagero tem sido a marca dos discursos. Do lado contrário, chegaram a sugerir que a terceirização do trabalho vai extinguir uma das mais sérias instituições brasileiras: a dos concursos.
Fique tranquilo, leitor. Em duas décadas de magistério, passando por vários governantes, eu estou cansado de “ver este filme”. Qualquer que seja a ideologia dominante, muitas repartições públicas correm o risco de extinção se não forem supridas com novos funcionários.
E, deferentemente do que ocorre em muitos setores da inciativa privada, o Poder Público não pode prover a maioria dos seus cargos com mão-de-obra terceirizada. Afinal, alguém consegue imaginar, por exemplo, uma instituição policial, cujos integrantes são treinados durante anos, sem vínculo direto com a Administração Pública?
A conjuntura econômica talvez não propicie mesmo a realização de muitos processos seletivos. Mas sempre haverá concursos para os mais variados cargos públicos.
E são nesses momentos difíceis que se destacam os que realmente têm a mentalidade de vencedor. São nessas horas atribuladas que o triunfo premia quem não perde a mentalidade de um soldado em campo de batalha.
Nesses tempos difíceis é que separamos o simples candidato do concorrente. Este sim: podem vir as intempéries que ele segue em marcha nos estudos.
Enfim, leitor, essa história de fim dos concursos por causa da terceirização é apenas para te desanimar. Essa história é igualzinha à data que comemoramos neste final de semana. Não entendeu a referência à data? Essa história é 1º de abril.
Não desanime e bons estudos.