Hoje, 19 de março, é o dia de receber valorosas felicitações. Elas já começaram ontem à noite (algumas presenciais e outras online). De fato, completo hoje mais um ano de vida. Então, façamos uma revisão pelo retrovisor.
Venho de uma família de oito filhos, cujo pai era motorista do Ministério da Educação. E, mesmo com as dificuldades impostas pela pobreza, ele nos deixou uma grande herança moral.
Da infância eu me lembro, por exemplo, de uma viagem que fizemos com um Ford 29, cujo sistema de direção acabara de ser revisado. Mas o mecânico montou o volante invertido. E nosso pai enfrentou uma estrada cheia de curvas, redobrando o cuidado de virar o volante para o lado oposto a elas.
Desde cedo, além dos brinquedos que eu fazia, aprendi a lidar com pequenos reparos elétricos, hidráulicos e, principalmente, de marcenaria. E desenvolvi o gosto pelos estudos. Então, foi pelo gosto de aprender que iniciei a jornada de sucesso em 16 concursos e em dois ingressos na UFMG. As aprovações foram uma consequência do prazer de estudar.
Também desenvolvi o gosto pelo condicionamento físico. Afinal, como se diz em Latim, “mens sana in corpore sano”. E percorri toda a juventude longe das drogas, apesar das oportunidades que cruzam nossos caminhos.
Cheguei a uma idade em que... bem - por favor, leitor - não pergunte a minha idade. Mas posso te garantir: ouço frequentemente que pareço ter bem menos anos de vida do que realmente tenho. Então, deve ser verdade mesmo.
Arrependimento? O mesmo do Chico Anísio. Ele, admitindo até casamentos equivocados, disse que faria tudo de novo. E só se arrepende de ter sido fumante por um período da vida. Graças a Deus eu me livrei disso há muitas décadas.
O que levo da vida? A certeza de que cumpri (e venho cumprindo) a missão de não levar para o túmulo tudo que aprendi nessa jornada. É esse o espírito de cada um dos artigos que aqui publico. É esse o espírito dos meus vídeos e das minhas aulas.
Então, agradecendo a todos que se lembraram de mim “nesta data querida”, desejo a todos bons estudos.
* José Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, mestre em Educação, professor da Faculdade Promove e autor de “Como Passei em 16 Concursos”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.