Na semana passada escrevi nesta coluna o artigo “Você vai passar! Quer apostar?”. Falei que o hábito das apostas nos acompanha há milhares de anos. E parece que eu estava adivinhando. Aí está o escândalo envolvendo algumas casas de apostas virtuais.
Isso não significa que todas as empresas desse setor estejam envolvidas. Tanto que, atentas ao fato de que o jogo pode ser uma opção de lazer, mas também pode ser um vício, várias delas recomendam que se jogue com responsabilidade.
Mas se o seu negócio é passar num concurso, as únicas coisas nas quais você deve apostar são essas: a sua autoestima e o seu esforço. Foi nesse contexto que me deparei com a seguinte frase adesivada num automóvel: “Nunca foi sorte, sempre foi Deus”.
A fé e a religião são muito importantes. Mas talvez um ateu prefira substituir o finalzinho da frase, assim: “Nunca foi sorte, sempre foi esforço”. Melhor ainda se você adotar os dois pensamentos. Acredite e confie em Deus, mas acredite e confie igualmente no seu esforço.
Por meio do Antigo Testamento o próprio Deus nos fala: “Seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido (...). Não se apavore e nem desanime" (fragmentos de Josué 1:8-9). Noutras palavras, Deus está nos dizendo para não cairmos em desânimo pois a nossa prosperidade virá.
A sabedoria popular tratou de “traduzir” essa citação com a seguinte frase: “Faça a sua parte que te ajudarei”. Mas embora não seja exatamente essa a frase escrita no Livro Sagrado, Deus realmente se agrada quando nos esforçamos e acreditamos em nós mesmos.
Então, a frase adesivada no automóvel, que diz “nunca foi sorte, sempre foi Deus”, também pode ser escrita assim: “Nunca foi sorte, sempre foi esforço”. E eu te garanto que o Altíssimo se alegra muito mais com quem se esforça e acredita em si mesmo do que quem acredita n’Ele, mas nada faz por si e nem pelo semelhante.
Desse modo, siga sua jornada, seja qual for a sua fé. E, quaisquer que sejam os seus sonhos e os seus objetivos, saiba que o sucesso passa pelos estudos. E, para te acompanhar nos bons e maus momentos, complete esta frase com a versão que lhe pareça mais adequada: “Nunca foi sorte, sempre foi...”.
A todos eu desejo bons estudos.
* José Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, professor das Faculdades Promove e mestre em Educação. Autor dos livros “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.