José Roberto LimaAdvogado, professor e palestrante, com a experiência de quem foi aprovado em 15 concursos públicos.

O amigo de Secretário de Segurança que batia na esposa

JOSÉ ROBERTO LIMA
joserobertolima.jrl@gmail.com
Publicado em 29/03/2023 às 06:10.

Semana passada eu escrevi um artigo que gerou polêmicas. O tema foi a sexualidade mal resolvida, seja qual for a opção, o que pode levar a provocações e intrigas contra outras pessoas, na ânsia de esconder os próprios medos e insatisfações pessoais.

Os comentários àquele artigo giraram em torno das reflexões freudianas, as quais sugerem que a mulher sente inveja da condição masculina. Ora, aos que tiraram essa frase fora do contexto, relembro que eu iniciei o artigo dizendo que, nesse ponto, Freud foi injusto.

Assim como pode haver mulheres que têm inveja do homem, também pode haver homens com inveja da mulher. E isso nada tem a ver com homossexualidade. Aliás, esse mal da inveja, tão secreto que se esconde até de quem a sente, não depende da opção sexual.

O certo é que, seja qual for o medo ou a fraqueza que o invejoso busca esconder, o concurseiro costuma ser um alvo preferido. Porque ele se incomoda com a simples possiblidade alheia de um futuro brilhante.

Aos que me elogiaram, agradeço. Aos que me criticaram, agradeço também, mas peço que desconsiderem as frases isoladas, fora do contexto. Afinal, voltando ao tema de “mulher... homem... inveja”, que é o título daquele artigo, relembrei-me com meus alunos que sou um dos fundadores da Delegacia de |Mulheres, junto com a Dra. Elaine Matozinhos, uma guerreira na causa feminina.

Atuei em muitos casos em que a mulher foi agredida, tendo por motivação esse sentimento inconfessável. Os exemplos mais corriqueiros eram os conflitos conjugais porque a mulher progrediu nos estudos e o marido não se conformou com isso.

Entrevistei maridos que, ao lhes dirigir a primeira pergunta, mudavam de assunto e soltavam essa: “Eu sou amigo do Secretário de Segurança”. Sem hesitação, eu comentava: “O Senhor é amigo do Secretário de Segurança e bateu na sua esposa!?!?! Ele ficará decepcionado quando souber disso”.

Em nenhum desses casos o investigado protestou pela minha resposta. Então, além de restar indubitável a agressão, eu anulava a tentativa de influência indevida no inquérito.
Então, a todas as minhas leitoras e alunas, considerem este texto uma homenagem.

Idem a meus leitores, alunos e a todos que vivem felizes consigo mesmos. E, como dito na semana passada, não liguem para as hostilidades de quem se incomoda com o seu futuro brilhante. O caminho do sucesso é seguir firme na jornada que te levará ao triunfo.

A todos, inclusive aos invejosos, desejo bons estudos. 

Advogado, professor da Faculdade Promove, autor de “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.

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