Em 1932, no antigo distrito de Cordeirópolis, atual município de Limeira/SP, nasceu João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Leo Batista. Na adolescência, em 1947, ele começou sua aventura de comunicador no serviço de alto falantes daquela localidade.
Bastaram seis meses desse contato com microfones ainda precários para fazer um teste exitoso na Rádio Clube de Birigui, também em São Paulo. E foi lá que ele começou a transmitir partidas de futebol e a apresentar um programa de auditório.
Em 1952, depois do sucesso dele nas transmissões da Copa de 1950 no Brasil, foi contratado pela Rádio Globo como locutor e redator de notícias. E entrou mesmo para a História em 1954, sendo o primeiro radialista a noticiar o suicídio de Getúlio Vagas.
Na televisão ele estreou em 1955, na extinta TV Rio, onde comandava um telejornal. E, desde 1970, fez sucesso na Globo. Em toda essa trajetória, ele foi se “reinventando” e se adaptando às novas tecnologias.
Desde os tempos arcaicos do rádio até as recentes “big techs”, ele nunca perdeu a alma de comunicador. São muitas as gerações de jornalistas que aprenderam com ele. E continuarão a aprender com a história e com o legado dele.
É por isso que pessoas como ele nunca morrem. Ele mesmo “profetizou” quando ainda estava conosco: “Só morre de verdade quem nunca mais é lembrado”. E você, meu caro Leo Batista, sempre será lembrado por todos nós.
Então - leitor ou leitora - se você também quer ter a vida que nunca morre, faça uma trajetória que te permita ensinar coisas boas ao olhar para trás e ver as novas gerações chegando. E você não precisa de ser um professor para esse objetivo.
Embora o Magistério ajude muito nessa missão, as pessoas que realmente ensinam são as que dão os melhores exemplos. É assim que nos tornamos inesquecíveis. E nunca morremos, porque continuamos na memória e no coração dos que ficam.
Mas esteja certo de uma coisa: seja qual for o ensinamento que você queira deixar para os mais jovens, quanto mais você estudar mais coisas boas terá para ensinar. Esse é o verdadeiro sucesso que qualquer pessoa deve almejar.
Conquistar aprovações, fazer mestrados e doutorados, tornar-se um profissional de referência no mercado... Tudo isso é muito bom. Mas o que marca indelevelmente é o que você ensinou para a geração seguinte (e para as que ainda chegarão na Terra).
Então, leitor ou leitora, eu te desejo bons estudos para que, ensinando pelo magistério ou pelo exemplo, você tenha bons motivos para se tornar inesquecível e imortal para alguém.
* José Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, mestre em Educação, professor da Faculdade Promove e autor de “Como Passei em 16 Concursos”. Escreve nesse espaço às quartas-feiras