Este ano chega ao fim como um romance de grandes decepções, que nem sequer vale a pena ser lembrado. Ao ver os políticos se valerem de fake News, fica claro que 2020 foi como um casamento em que um dos cônjuges, na ânsia de ser mais admirado que o outro, passa anos a fio fazendo alienação parental.
E, se o intento for ainda mais perverso, pode-se até não conquistar o amor e o respeito dos filhos. Mas consegue-se fazer o(a) companheiro(a) ser odiado(a) por eles. Você acha que não existem romances assim? Existem, tal como existem manobras inescrupulosas na política. Porém, quem aliena a verdade coleciona pra si mesmo as piores retrospectivas, e nenhuma esperança.
Some-se a isso o fato de que o ano de 2020 foi mesmo difícil. A epidemia, iniciada na China, virou pandemia. E já se fala em sindemia que, num breve conceito, incluiu os aspectos sócio-econômicos desse grave problema de saúde pública.
Como se isso não bastasse, diversas autoridades do governo assumem uma postura de total ignorância, nos dois sentidos (o de brutalidade e o de desconhecimento). E basta um Zé Ninguém abrir a boca que uma multidão proclama: “Vacina faz mal. Eu sei porque ele falou”.
E os concursos? Bem... 2020 não foi o melhor ano para realizá-los. Prevaleceu o engodo ideológico de que temos funcionários públicos demais. Enquanto prevalece esse discurso, muitas repartições públicas estão quase fechando, por falta de pessoal. A situação é mais grave na saúde, na segurança pública, na tributação e nos órgãos judiciais.
Então, mesmo com essa retrospectiva de um ano que é melhor ser esquecido, tal como um romance infeliz, o ano de 2021 devolverá aos justos as melhores esperanças. Mesmo com a ideologia do atual governo, que não é muito favorável à realização de concursos, estes voltarão com força total.
É o que já se anuncia na Polícia Federal, em muitos órgãos de saúde e no Poder Judiciário. Além disso, 2021 é um ensaio para o ano eleitoral de 2022. E nenhum governante quer ver o seu nome associado ao caos nas repartições públicas.
Então – leitor ou leitora – no seu cotidiano eu te desejo um romance bem-sucedido, agraciado com filhos, mas sem a praga da alienação parental. E, nos concursos ou no Enem, que você supere os eventuais fracassos para se transformar num vencedor.
A todos eu desejo feliz ano novo e bons estudos, sempre.