Mario Lago foi um dos artistas mais completos na história recente do Brasil. Formado em Direito na década de 1930, são poucas as informações sobre a atividade advocatícia dele. Mas como poeta, publicou seu primeiro livro aos 15 anos.
Atuou intensamente no teatro, no rádio e na televisão. Além das suas poesias, brilhou como dramaturgo, escritor, ator, diretor, cantor, etc. Mas ele era, antes de tudo, um sonhador. Por meio de um dos seus personagens, disse que sonhar é a coisa mais importante da vida. Porque “se não existisse sonho a humanidade não teria inventado nem a roda”.
O grande legado dele não se limita aos seus personagens, seus poemas ou a suas músicas como “ai que saudade da Amélia” e “atire a primeira pedra”. Ele nos deixou o legado de um sonhador, no sentido mais amplo do verbo “sonhar’.
Não sonhamos apenas quando estamos dormindo. Sonhamos (e devemos sonhar intensamente) a cada amanhecer, isto é, lutar para transformarmos nossos sonhos em realidade. Porque, quando não entramos nessa luta, os melhores sonhos podem virar pesadelos.
Isso vale para tudo na vida. Também vale para os estudos, para os concursos e para o Enem. Mas existem muitos “candidatos”, que não passam de simples candidatos. Entram no site, fazem a inscrição e pagam a taxa.
E, só pelo fato de terem pagado, começam a sonhar em total delírio. Ficam imaginando o dia a dia na repartição e o bom salário. Mas ficam apenas imaginando. Experimentam a falsa sensação de terem comprado a aprovação, assim como se compra um pacote de arroz.
Já os fortes “concorrentes” têm sonhos que vale a pena ser sonhados. Porque seguem firme nos estudos para transformar o sonho de aprovação numa realidade. Eles não são mais inteligentes que a maioria dos candidatos. Eles são apenas mais esforçados.
Eles, enfim, sabem misturar a conjugação de dois verbos: sonhar e desejar. Porque, quando você realmente deseja uma conquista, com a mesma intensidade com que você sonha por ela, o esforço surge naturalmente.
E acredite, como disse Paulo coelho: “Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize seu desejo”. Então, não seja um simples “candidato”. Seja um forte “concorrente”.
Desejo a todos bons sonhos, bons desejos e bons estudos.
* Advogado, delegado federal aposentado, professor das Faculdades Promove e mestre em Educação. Autor dos livros “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do Advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.