O afogamento infantil em piscinas é uma realidade alarmante no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, essa é a principal causa de morte acidental entre crianças de 1 a 4 anos. Dados do Ministério da Saúde apontam que, diariamente, entre duas e três crianças perdem a vida dessa forma. A maior parte desses acidentes ocorre em piscinas residenciais e condomínios, onde medidas de proteção poderiam evitar tragédias.
Para entender melhor essa realidade e as alternativas disponíveis, conversei com Camila DiPaula, especialista em segurança de piscinas e diretora da Fortal Piscinas. Ela alerta que “muitas famílias não percebem o risco até que o pior aconteça”. “As pessoas costumam se preocupar com tomadas, quinas de móveis e escadas, mas a piscina, que representa um perigo real, muitas vezes fica sem nenhuma proteção. E o pior: o afogamento acontece de forma silenciosa e em questão de segundos”.
Prevenção é o caminho mais seguro
Diante dessa realidade, é fundamental que os responsáveis por condomínios e proprietários de imóveis com piscinas busquem orientação profissional para garantir a segurança na área de lazer. “Cada piscina tem uma necessidade diferente. Em alguns casos, a cobertura de segurança é a melhor opção, enquanto em outros a cerca de proteção pode ser mais adequada. Tudo depende do espaço e das condições do ambiente”, explica Camila.
Medidas simples, como a instalação de cercas de proteção ou coberturas de segurança, geram tranquilidade. Ambas são removíveis, de fácil instalação e permitem que a piscina seja usada com praticidade, mas garantindo a segurança quando não estiver em uso.
Atenção também aos pets
É preciso destacar que embora cães e gatos possam saber nadar, a realidade é que alguns não conseguem. Muitos animais podem se cansar ou se desesperar ao tentar sair da piscina, colocando as próprias vidas em perigo. Equipamentos de proteção para piscinas ajudam a evitar esse tipo de acidente.
O perigo silencioso do afogamento
Outro dado alarmante: um afogamento pode ocorrer em menos de dois minutos. Se a criança não for retirada da água rapidamente, o risco de sequelas neurológicas graves ou de morte é enorme. E, como os afogamentos ocorrem de forma silenciosa, os adultos nem sempre percebem o perigo a tempo.
Por que pouco se fala sobre isso?
Apesar de ser um problema real e frequente, a segurança em piscinas ainda não recebe a devida atenção. Muitas famílias e administradores de condomínios só pensam na prevenção depois que algo acontece. “A verdade é que ninguém gosta de pensar no pior. Mas, quando se trata da segurança de crianças e pets, a prevenção precisa vir antes da tragédia”, enfatiza Camila.
Para combater esse descaso, a Fortal Piscinas tem realizado uma campanha de conscientização, alertando sobre atitudes que podem salvar vidas.
A campanha visa sensibilizar a sociedade sobre as medidas preventivas para garantir a segurança nas piscinas. A mensagem é clara: a segurança não é um luxo, é uma necessidade. Apoiamos essa campanha, cabendo às pessoas priorizarem a proteção de seus espaços de lazer.