Na nossa coluna de Direito Imobiliário um dos temas mais recorrentes são os cuidados que os compradores devem ter ao adquirir um apartamento em construção, pois é importante verificar a documentação, as referências da construtora, bem como entender as cláusulas dos contratos, sendo prudente buscar previamente orientação jurídica. Essas questões foram abordadas no artigo “Permutar meu terreno ou casa com a construtora é arriscado?”, que foi publicado no dia 08/08/22, sendo que fizemos referência a algumas construtoras que deixaram de entregar as unidades e faliram, dentre elas, a Encol, Milão e Habitare.
Ocorre que no citado artigo, no tópico que tratou sobre os sócios de construtoras, citamos a extinta Construtora Casa Mais, que deixou de entregar diversos apartamentos e ao recebermos seu contrato social conferimos que Sr. Edson Francisco Querino não é sócio dela e nem da Construtora Metrópolis. A citação desta empresa juntamente com outras que foram extintas, na visão da diretoria da Metrópolis, deu margem para que os leitores tivessem dúvidas sobre a sua saúde financeira, fato esse que merece ser elucidado.
Diante disso, em respeito ao nosso objetivo de bem informar, cedemos este espaço para que a Metrópolis se manifestasse, nesta nota:
“Em matéria veiculada dia 08/08/2022, cometeu-se um equívoco ao associar a Metropolis Engenharia com empresas que causaram danos irreparáveis para seus compradores, e que, por fim, acabaram fechando as portas.
A Metrópolis Engenharia nasceu em 2017 e o Sr Edson Querino nunca esteve em seu quadro societário.
Como é de conhecimento geral, não só o Brasil, mas o mundo, passou pela maior pandemia de nossa geração, causando milhões de mortes e paralisação de diversos meios de produção, afetando a todos não só financeiramente, mas afetando principalmente na gestão das entregas de produtos e serviços.
Não foi diferente com a construção civil, diversas fábricas e comércios foram fechados durante a pandemia da COVID-19, o que gerou não só atrasos nas entregas de insumos, mas um grande aumento dos custos para todos, e até hoje ainda existem efeitos desta quebra das cadeias de produção.
A Metrópolis Engenharia, como várias outras empresas, principalmente as de pequeno porte, foi muito afetada financeiramente com sua inadimplência subindo de forma descontrolada, com a redução drástica do volume de vendas e com atrasos nas entregas por um período médio de 6 meses a até 1 ano para vários produtos e serviços. Sem dúvida, a alta de preços muitas vezes de mais de 100% foi um dos grandes desafios que as empresas enfrentaram nesse período.
A Metrópolis Engenharia trabalhou e vem trabalhando incansavelmente para amenizar os impactos citados acima para seus clientes.
A exemplo disso, mesmo com todas essas dificuldades, a Metrópolis Engenharia entregou 5 prédios desde 2020 e está trabalhando para entregar mais 4 prédios nos próximos 12 meses”.
Diretor Regional em MG da Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário. Advogado e Conselheiro do Secovi-MG e da CMI-MG.