Inúmeros condomínios são tumultuados por um ou alguns condôminos que se empenham em reclamar, em criar obstáculos sem oferecer soluções, gerando apenas desgastes e aflições aos administradores e conselheiros, resultando no temor de qualquer um assumir a função de síndico. Esse reclamão é observador e, muitas vezes por não ter outra ocupação, fica o dia todo procurando um problema no condomínio para chamar a atenção, mas deixa claro sua intenção de criar desconforto, pois nunca se oferece para ajudar, ser síndico e sequer sugere uma solução para o problema.
Qualquer síndico, administradora, porteiro, manobrista ou faxineiro pode cometer falhas, sendo importante a participação dos interessados com ideias para melhorar a convivência, a segurança, evitar gastos excessivos e prejuízos. Entretanto, há situações complexas como obras ou providências de alto custo que exigem certo tempo.
Dever de agir, mas dentro do tempo normal
Existindo um elevador quebrado ou portão da garagem que precisa ser trocado, é importante que o reparo seja realizado com urgência, mas, às vezes, isso pode demorar alguns dias diante da falta de peças e da indisponibilidade de técnico naquele momento. É fundamental gentileza no trato dos problemas.
Contudo, não se pode admitir alegação de falta de recursos, pois cabe ao síndico realizar a assembleia para aprovar a obra e a taxa extra para evitar o agravamento do problema e, também, não pode o síndico, em casos emergenciais, alegar que não tomou providência pois não houve assembleia prévia, pois há casos que a assembleia pode ser realizada depois em decorrência da urgência.
Morador insuportável provoca mudança de moradores
O que chama a atenção é o comportamento daquele que age de forma negativa e com falta de educação, especialmente nas assembleias com seus comentários deselegantes, que em nada ajudam na solução e na preservação da harmonia do condomínio, importante para a boa convivência.
Muitos condôminos acabam deixando de comparecer às assembleias para preservar a saúde e evitar atritos com o chato, que com seu mau humor faz a reunião ser um martírio. Há casos de acusações que configuram crime de calúnia, difamação e injúria que só acontecem por falta de reação das vítimas. O que se constata em muitos edifícios é a sua desvalorização diante daqueles que optam por vender ou locar seu apartamento para ter paz e preservar a saúde. Vários são os casos de inquilino que rescinde o contrato de locação ao perceber que o locador o “colocou numa fria”.
Cabe aos condôminos se unirem para repudiar essa pessoa que deveria residir numa fazenda, longe de vizinhos, pois conviver em condomínio exige colaboração, boa vontade e paciência.
Combata quem prejudica o sossego
Todos têm o direito a tranquilidade, sendo que há vários dispositivos legais, ações judiciais e extrajudiciais, independentemente da convenção, que propiciam meios para coibir o vizinho insuportável, bastando utilizar os meios jurídicos adequados e se valer da assessoria de um advogado imobiliarista.