Claudio OlivaClaudio Oliva é jornalista especializado em turismo e hotelaria, pós-graduado em Turismo pela Universidade de Barcelona, presidiu a Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo. Editor da Qual Viagem, colaborador em diversos portais de turismo, é também diretor Executivo da Assimptur Assessoria de Imprensa.

Compra e venda de milhas tem apoio de tecnologia para minimizar insegurança

Cláudio Lacerda Oliva*
turismologoali@hojeemdia.com.br
Publicado em 06/11/2023 às 15:00.

Ultimamente o Brasil é um dos países que mais possuem clientes de cartões de crédito associados a planos de milhas no mundo. Porém de 6 anos pra cá, a maioria dos clientes que fidelizam em plataformas de milhas e os programas de algumas cias aéreas não enxergam mais vantagens de estar associados.

Um dos motivos é a falta de controle de quando se deve comprar as passagens aéreas e a outra ponta é qual o momento ideal para emitir seu bilhete prêmio. Muitos consumidores acabam perdendo pontos acumulados e quase sempre não conseguem fazer uso do benefício. Outra frustação é que na hora de vender ou emitir os bilhetes, os valores expressos em milhas são absurdos, não compensando o esforço do
acúmulo de milhas por anos.

O erro nas vendas de milhas aéreas é o que compromete este mercado de investimentos que cresce no Brasil. O controle dos dados em cadernos ou planilhas criadas manualmente tende a ser um risco e um trabalho que requer tempo, foco, dedicação e atenção por parte dos milheiros. Nesse contexto, a tecnologia vem sendo aprimorada a fim de contribuir com as
constantes atualizações requeridas pelo segmento.

A tendência é tão forte que temos plataformas de gestão já desenvolvidas para minimizar ou erradicar o medo de comprar e vender fora de hora, por falha nos cálculos ou atraso no registro de dados que rapidamente se desatualizam neste setor.

“Lucrar com inteligência é o meu mantra e, por isso, recorro à tecnologia disponível hoje para gerir os meus investimentos em milhas”, orienta o consultor na área, Rodrigo Marroni.

Rodrigo diz que existem planilhas “super automatizadas” no mercado que variam com mensalidades de R$ 20 a R$ 40.

“Eu particularmente utilizo o Simplimlihas, que é um sistema com gestão de alertas de preços a fim de garantir a venda, além dos registros no CPF
que controla o quanto o usuário utilizou de milhas em determinado período, histórico de preços, etc. A vida acontece fora das planilhas, e a do gestor de milhas também”.

Não apenas a oscilação saudável de preços faz o mercado aquecer e esfriar de forma rápida, exigindo automatizações ao controle e gestão dos dados.

“Situações como o recente pedido de recuperação judicial com uma dívida de dois bilhões de reais do principal player que comprava e vendia milhas fomentam a instabilidade nos valores e, até mesmo, no modo de operar as
milhas”, observa o especialista Rodrigo Marroni.

“A situação, como exemplo, levou os investidores a compararem e  venderem passagens nos balcões de milhas (grupos), não diretamente nas plataformas como o Simplimilhas. Contudo, esses sistemas seguem suprindo as necessidades dos usuários que fazem renda com milhas e
que dependem das constantes atualizações de preços”, explica.

A partir das recentes mudanças de cenário, é possível utilizar toda a inteligência da tecnologia para saber por qual preço o usuário pode vender as milhas e, assim, obter lucros maiores e ainda receber à vista. “Diferente de antes, que recebia em 90 dias”, completa.

A orientação do especialista é buscar ferramentas que acompanham as oscilações do mercado e que permitem ao usuário criar a sua oferta de venda de milhas, oportunizando a compra por outras pessoas utilizando a gestão do sistema, com a segurança de um usuário verificado.

“Assim, realizando a operação com mais confiança para os dois lados”, conta Marroni.

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