Claudio OlivaClaudio Oliva é jornalista especializado em turismo e hotelaria, pós-graduado em Turismo pela Universidade de Barcelona, presidiu a Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo. Editor da Qual Viagem, colaborador em diversos portais de turismo, é também diretor Executivo da Assimptur Assessoria de Imprensa.

Eventos de entretenimento impulsionam a economia do visitante, reforça Unedestinos

Cláudio Lacerda Oliva*
turismologoali@hojeemdia.com.br
Publicado em 03/10/2024 às 07:05.
Rock in Rio movimentou cerca de R$ 3 bilhões na economia do Rio de Janeiro, segundo os organizadores (Divulgação / Rock in Rio)
Rock in Rio movimentou cerca de R$ 3 bilhões na economia do Rio de Janeiro, segundo os organizadores (Divulgação / Rock in Rio)

A União Nacional de Conventions & Visitors Bureau (CVBs) e Entidades de Destinos (Unedestinos) destaca o papel crucial que os grandes eventos de entretenimento desempenham no fortalecimento da economia brasileira, muito além do impacto direto no turismo. Com 47 CVBs associados em todo o país, a organização acompanha de perto estes eventos que geram efeitos positivos em diversos setores da economia.

Além do impacto econômico já esperado em redes hoteleiras, companhias aéreas e rodoviárias , bares e restaurantes, eventos como shows, festivais de música e exposições também influenciam os resultados em outros setores da economia nas cidades onde são realizados.

"Os eventos têm um efeito multiplicador na economia. Além de atrair turistas e movimentar a hotelaria , eles geram consumo em uma ampla gama de setores, reforçando o papel fundamental do entretenimento no desenvolvimento econômico do país", destaca Toni Sando, presidente da Unedestinos.

O show da Madonna no Rio de Janeiro, em maio deste ano, trouxe dados que refletem essa abrangência. Segundo dados da Visanet, empresa brasileira de serviços financeiros, as vendas de roupas e acessórios aumentaram em 24%, enquanto o setor de transporte cresceu 17%, o
de fast food 14%, e até as farmácias tiveram um incremento de 11%.

Estes números mostram que a cadeia econômica envolvida vai muito além do turismo, abrangendo áreas como comércio, alimentação e serviços.
Além disso, o Rock in Rio, um dos maiores festivais de música do mundo, que terminou no dia 22 de setembro, movimentou cerca de R$ 3 bilhões na economia do Rio de Janeiro, segundo os organizadores. Esse tipo de evento atrai turistas de diferentes partes do país e do mundo, mas também gera milhares de empregos e fortalece a infraestrutura das cidades,  impactando desde pequenos comerciantes até grandes redes de serviços.

"É fundamental promover o desenvolvimento turístico de forma sustentável, articulando iniciativas que conectem o entretenimento a outras cadeias produtivas. O Brasil tem um enorme potencial para elevar ainda mais os resultados econômicos do turismo, mas, para isso, é essencial que o setor público e a iniciativa privada se unam para promover grandes eventos que atraiam cada vez mais público e gerem benefícios amplos para todos os setores", reforça Sando.

Atuando em mais de 200 cidades, as organizações de Visitors e de Conventions Bureau associados à Unedestinos reforçam seu papel junto aos destinos para otimizar o potencial turístico e econômico de cada região no apoio a organização de eventos associativos, corporativos e de entretenimento, que movimentam a economia local e nacional, contribuindo para um crescimento de eventos estratégicos no país.

* Diretor Executivo da Assimptur

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