Claudio OlivaClaudio Oliva é jornalista especializado em turismo e hotelaria, pós-graduado em Turismo pela Universidade de Barcelona, presidiu a Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo. Editor da Qual Viagem, colaborador em diversos portais de turismo, é também diretor Executivo da Assimptur Assessoria de Imprensa.

Governança no Turismo no Brejo Paraibano

Cláudio Lacerda Oliva*
turismologoali@hojeemdia.com.br
Publicado em 18/04/2024 às 07:01.

Há oito meses tenho acompanhado 10 destinos no Brejo Paraibano ligados ao Caminhos do Frio, na condição de Agente de Roteiro Turístico do Sebrae PB, onde, de perto, percebe-se o sucesso desta região paraibana.

Muito se tem falado de Governança no Turismo, onde as três esferas pública, privada e associativa devem estar unidas em um propósito maior que é o fortalecimento da oferta e demanda turística. Sem o trabalho em conjunto destas três governanças fica difícil o desenvolvimento do turismo local ou regional.

Alguns destinos no brejo me surpreenderam, como o caso de Areia, Solânea e Bananeiras, que possuem uma excelente articulação através das Associações de Empresários que buscam em unidade desenvolver o Turismo, muitas vezes em unidade com o poder público. Percebi esta grande união quando no lançamento da Rota das Flores, onde todos se uniram para acolher agências de turismo e jornalistas.

Com este exemplo de unidade destas esferas de Governança do Turismo, podemos perceber o sucesso que a região turística do Brejo Paraibano vem se tornando para o país. Vale pontuar que este trabalho de Governança já vinha sendo desempenhado no Festival Caminhos do Frio, onde a IGR Fórum do Brejo Paraibano, por meio da diretoria, conseguiu unir os gestores públicos e motiva-los a pensar no bem maior que é o fortalecimento do turismo de forma regional tornando a Região Turística um case do sucesso no Nordeste e uma das referências no país.

Além do destino Areia que vem cada vez mais se tornando exemplo de Governança através da Atura, do Convention Bureau de Areia e da gestão pública, desponta no Brejo Paraibano o destino de Solânea como um destino de Turismo Emergente, com um belo trabalho de unidade realizada com a Associação de Cultura e Turismo de Solânea (ACTUS), com os empresários associados e a gestão pública. A Associação, com apenas nove meses de fundação, vem realizando um excelente trabalho no desenvolvimento do Turismo local, em unidade com a gestão pública.

Outros três destinos recente criaram suas Associações de Empresários para o Desenvolvimento do Turismo, com o apoio e Consultoria dos Agentes de Roteiros Turísticos do Sebrae-PB.

As cidades de Alagoa Nova, Alagoa Grande e Matinhas começam a dar passos de fortalecimento da Governança Turística com o objetivo de fortalecer a oferta e demanda turística. Recentemente os empresários da cidade de Pilões começaram a dar passos concretos, para a fundação da Associação de Empresários de Pilões, onde tem como foco o desenvolvimento do turismo e a economia criativa.

Apenas com este trabalho de mãos dadas, é possível ter um turismo forte. Os empresários precisam entender que não se pode esperar o poder público para atrair a demanda turística, mas se unirem buscando realizar ações para o fortalecimento da oferta turística que possa atrair desta forma a demanda do setor. As associações e empresas devem por sua vez criar formas de atrair a demanda turística tornando os equipamentos turísticos mais atrativos, se adequando às exigências do mercado atual, no que se refere ao turismo inclusivo, permitindo a possibilidade de acesso a todos ao equipamento turístico.

Ao poder público compete o fortalecimento da oferta e demanda turística, por meio de infraestrutura adequada para acolher os turistas e políticas públicas para o desenvolvimento do turismo, onde possam tratar de cuidado com a segurança, meio ambiente, saúde e ação social.

O turista se encontra bem mais exigente e percebe que se o gestor público cuida dos seus, também irá cuidar deles. Compete então ao poder público fornecer a infraestrutura turística  dequada, políticas públicas para o turismo, o fomento do turismo e a promoção da qualificação profissional.

Com estes exemplos podemos perceber que de nada adianta atuar no
turismo sozinhos, porque ficará difícil o desenvolvimento. Destinos com Governança Turística forte entendem a importância da Parceria Público
Privada (PPP) para o fortalecimento do destino na indústria do turismo.

* Diretor Executivo da Assimptur

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