Claudio OlivaClaudio Oliva é jornalista especializado em turismo e hotelaria, pós-graduado em Turismo pela Universidade de Barcelona, presidiu a Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo. Editor da Qual Viagem, colaborador em diversos portais de turismo, é também diretor Executivo da Assimptur Assessoria de Imprensa.

Viagens corporativas atinge faturamento de R$ 11,1 bilhões no mês de junho

Cláudio Lacerda Oliva*
turismologoali@hojeemdia.com.br
Publicado em 12/09/2024 às 07:01.
Crescimento considerável do faturamento de junho está relacionado com o aquecimento contínuo do mercado de viagens corporativa (Ivan Zhukevich via Unsplash)
Crescimento considerável do faturamento de junho está relacionado com o aquecimento contínuo do mercado de viagens corporativa (Ivan Zhukevich via Unsplash)

O Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), revela que as despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas no mês de junho de 2024 atingiram R$ 11,1 bilhões, valor 2,8% superior ao mesmo mês de 2023. Este faturamento marca um novo recorde histórico do período, superando o valor de R$ 10,8 bilhões, que foi apresentado em junho de 2014.

O valor acumulado ao longo do primeiro semestre do ano também teve um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando um faturamento de R$ 62,2 bilhões para o setor de viagens corporativas, pouco abaixo do recorde semestral, que também foi registrado em 2014, com o valor histórico de R$ 63 bilhões de reais. No entanto, há expectativas por parte da Alagev e da FecomércioSP de que este pico de faturamento seja superado nos próximos anos, visto que o setor vem apresentando resultados positivos progressivamente.

O crescimento considerável do faturamento de junho está relacionado com o aquecimento contínuo do mercado de viagens corporativas, que impulsiona a demanda dos serviços de hospedagens, locação de veículos e transportes aéreos e rodoviários. A alta tarifa desses serviços também contribui significativamente com o crescimento do faturamento do setor.

“De maneira geral, é um momento recorde para o setor de viagens corporativas e deve ser celebrado. O valor histórico atingido no mês de junho sustenta a ideia da relevância das viagens corporativas para a dinâmica econômica do país”, observa Luana Nogueira, diretora
executiva da Alagev.

Esse segmento de viagens foi o mais impactado na Pandemia, principalmente porque as empresas cortaram radicalmente os recursos com viagens corporativas, mas agora o setor vive uma euforia de bons resultados, e estima-se crescimento contínuo desse importante segmento.

Crescimento alinhado com a projeção do GBTA

Os dados apresentados neste estudo estão em sintonia com a previsão apontada pelo Global Business Travel (GBTA), de que o Brasil atingirá um crescimento anual de 6% no faturamento do setor. A especulação foi feita pela CEO do evento, Suzanne Neufang, ao longo da realização da sua 16ª edição, que aconteceu entre 22 e 24 de julho, em Atlanta, nos Estados Unidos.

“É certo dizer que, com o ritmo atual de elevação dos indicadores da Alagev e da FecomércioSP, o mercado de viagens corporativas vai atingir o crescimento previsto pelo GBTA”, conclui a diretora executiva.

* Diretor Executivo da Assimptur

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