Claudio OlivaClaudio Oliva é jornalista especializado em turismo e hotelaria, pós-graduado em Turismo pela Universidade de Barcelona, presidiu a Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo. Editor da Qual Viagem, colaborador em diversos portais de turismo, é também diretor Executivo da Assimptur Assessoria de Imprensa.

Viagens corporativas atingem R$ 11 bilhões de faturamento em abril

Cláudio Lacerda Oliva*
Publicado em 18/07/2024 às 07:08.
Outro fator que contribuiu de forma significativa com o faturamento foi a inflação das tarifas de passagens aéreas (Romain V via Unsplash)

Outro fator que contribuiu de forma significativa com o faturamento foi a inflação das tarifas de passagens aéreas (Romain V via Unsplash)

Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV), revela que as despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas no mês de abril de 2024 atingiram R$ 11 bilhões, valor 4,8% superior em relação ao mesmo mês de 2023.

O valor acumulado ao longo do primeiro quadrimestre do ano também teve um crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando um faturamento de R$ 40,1 bilhões para o setor de viagens corporativas.

O valor faturado em abril é o segundo maior ganho histórico do mês, ficando atrás apenas do lucro atingido em 2014, e há a perspectiva de que, ao longo dos próximos anos, esse recorde possa ser superado. Isso porque os lucros dos meses de abril vêm passando por uma ascendência constante desde o período pandêmico (2020 e 2021), quando os ganhos do setor tiveram valores significativamente inferiores em função das medidas de isolamento social, que foram estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outro dado importante do LVC é que o saldo positivo do setor em abril de 2024 está relacionado com a crescente procura do público corporativo brasileiro por passagens aéreas e hospedagens. A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que observaram um crescimento constante na demanda desses serviços desde o fim da pandemia.

Outro fator que contribuiu de forma significativa com o faturamento foi a inflação das tarifas de passagens aéreas. Segundo o estudo, a ascendência cambial do dólar em relação ao real brasileiro tem sido a principal responsável pelo aumento dos preços deste serviço, uma vez
que a moeda americana é responsável por influenciar cerca de 60% dos custos das companhias aéreas.

Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev, considera que o setor de viagens corporativas permanece forte.

“O faturamento do mês de abril de 2024 reflete a força crescente do nosso
mercado. Para os próximos meses, enxergamos um cenário ainda mais favorável, uma vez que os espaços de eventos dos principais centros do país seguem com agendas cheias. Isso deverá impulsionar ainda mais a procura por serviços de transporte e hospedagem”, analisa a executiva.

* Diretor Executivo da Assimptur

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