Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

A falta de água

Publicado em 29/08/2022 às 12:53.

Não são boas as notícias recentemente divulgadas sobre o abastecimento de água em Belo Horizonte. É que, como informado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, a situação não é das mais confortáveis.

O organismo, há pouco, emitiu alerta sobre o quadro ora constatado, que revela previsão de escassez. O objetivo do comitê é orientar e alertar os órgãos competentes sobre a possibilidade de um período de escassez. 

De acordo com o secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, a preocupação com o leito d’água deve ser constante. “Ele é o responsável por mais de 60% do abastecimento de Belo Horizonte e quase 50% da região metropolitana. Então, ele é muito significativo e importante para manter a disponibilidade hídrica da região”.

Votamos assim a um período dos mais difíceis na história da capital, cujo atendimento era sumamente precário, exigindo a ajuda utilíssima dos caminhões-pipa, como se faz até hoje na região norte-mineira, sempre sofredora de longas estiagens.

No agosto findante, a advertência do comitê já fora divulgada, mas é apenas o começo de uma crise que pode assumir proporções muito maiores. Bem verdade que não há ainda previsão de racionamento, mas o aviso prévio já constitui algo para incomodar a população, não só da capital, mas de toda sua região metropolitana.

Desde já, ficou o conselho: é imprescindível o uso racional de água, pois a escassez poderá afetar a segurança hídrica da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O comunicado se dá pelo fato de o Rio das Velhas ter entrado oficialmente em alerta no começo de agosto. Mesmo não havendo previsão para que aconteça racionamento, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) reforça a necessidade dos usuários do sistema se precaverem. Não é nada bom repetir o drama de décadas atrás, quando segmentos importantes da população se viam prejudicados.

O Rio das Velhas veio para salvar a situação, quando o presidente da República era Juscelino, ex-prefeito e ex-governador e conhecia bem de perto o problema. Mas a cidade continuou crescendo, a região metropolitana idem, e a abrangência do problema hoje teria dimensões muito mais expressivas. Uma população muito maior sentiria.

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