Os brasileiros continuam sem saber o que fazer exatamente diante da pandemia, que é a mais longa da história e que põe em risco a vida de inúmeros neste extenso território da América do Sul.
São exatamente altos ainda os índices de óbitos em alguns estados. A luta pela saúde e pela vida se transformou numa sucessão de ideias e embates políticos, em que perdem principalmente os não movidos pela ciência.
Surpreendem-se os que percebem resultados positivos no combate à Covid em outras regiões do planeta, mesmo não sendo tão difícil a explicação.
Assim, as mais recentes informações da pandemia pelo mundo revelam: a Dinamarca dispensou o uso da máscara em transporte coletivo; o estado de Nova York segue o caminho; a França não exige mais trabalho remoto; a Inglaterra estimula o trabalho presencial; a Espanha pretende considerar a Covid uma simples gripe; Portugal se prepara para seguir na mesma direção.
Entre as diferenças, e todos sabem, está a de que se trata de países localizados em outro continente, com outros climas, que sofrem variações extremamente diversas do nosso.
Além do mais, a população de demais nações obedeceram aos protocolos sanitários, e fazem muito bem, mas por aqui se acha que as orientações das autoridades são meras restrições a usos e costumes comuns em épocas normais. Não se inclinam às evidências e recomendações, sofrendo assim as consequências inevitáveis e terminando, repetidamente, com o avultamento das estatísticas por contaminações e óbitos. E há um pormenor: ainda falta muito a aprender, mesmo com os cientistas e pesquisadores, sobre o que o futuro nos reserva.
Cientistas e técnicos trabalham em areia movediça e, no fundo, as desencontradas informações sobre o fim da Covid resultam das dificuldades que deparam diante de enfermidade nova e desafiadora. Quanto tempo mais a suportaremos e teremos de nos haver em face das orientações das autoridades, boa parte movida por interesses políticos?
Para o Ministério da Saúde, incluindo o titular da pasta, o Brasil ainda não atingiu o pico da variante Ômicron e, por isso, os números relacionados à pandemia irão subir. A cepa respectiva já domina 95% das amostras sequenciadas no país.
Tribunal de Justiça de Minas, em caráter liminar, determinou a volta às aulas, no dia 7, de maneira imediata, atendendo pedido do Ministério Público.
Os jornais tentam explicar. Mais de 60 dias após o atual ciclo da pandemia, há sinais, de fato, de que ele diminui. Mas, atentemos: só para Rio de Janeiro e Amazonas. Em outros, há estabilidade, como se confere pelas televisões.