Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Dez anos do Icam

16/12/2020 às 07:37.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:19

Inaugurada em 7 de dezembro, em 2010, a nova sede do Instituto Cultural Amilcar Martins, Icam, comemora seu décimo aniversário de atividades, período durante o qual tem prestado os melhores serviços à causa para a qual foi criado. Funciona na rua Ceará, esquina com Contorno, junto a uma aprazível pracinha do bairro Funcionários.

A ideia se concretizou a partir de 2001, quando os irmãos Amilcar Viana Martins Filho e Roberto Borges Martins decidiram fundar uma entidade para preservar e divulgar a história de Minas em todas as áreas do saber e do conhecimento. E sem contar com adjutório do poder público, como sói acontecer comumente no Brasil, vencendo a insensibilidade e, às vezes, as dificuldades financeiras para esse mister, conseguiu implantar o projeto.

Embora o brasileiro tenha interesse presentemente por outras formas de aprender e a que dedicar seu tempo, nada melhor do que um centro de pesquisa como o Icam, graças ao empenho e sincera disposição de servir à cultura e à história de Amilcar e Roberto. Nos três lustros transcorridos, muito já se fez e muito mais se fará, sobretudo se houver real propósito de contribuir por parte do Estado ou empresariado.

Imagino as dificuldades que devem ter enfrentando os fundadores. Mas, inspirando-me em Victor Hugo, posso reiterar que mais felicidade têm os que transferem a terceiros esse tipo de bens, antes que retê-los.

O prédio que conserva o material precioso tem uma grande placa à entrada, de modo que não será difícil identificá-lo. Lá dentro estão mais de 11 mil volumes, além de opúsculos e jornais sobre a cultura de Minas. O fim originalmente previsto está sendo plenamente atendido: o Instituto é essencialmente um centro de apoio à pesquisa, a que todos podem recorrer, como o fiz algumas vezes, com êxito. 

Simultaneamente, o Icam pôs-se em campo para editar livros inéditos sobre a temática proposta ou obras raras, que precisam ser facilitadas ao pesquisador. Além disso, já lançou o “Dicionário Biográfico de Minas”, primeiro volume, que se deve ter ao lado, com seus dois mil verbetes sobre mineiros que se destacaram em várias áreas do saber e do fazer. Algo magnífico, que contribui para valorização de nossa cultura.

Amilcar declarou em determinado momento: “Estamos trabalhando junto ao mercado internacional, com livreiros de todo o Brasil e com particularidades, para conseguir o maior número possível de Minas”. Eis uma bela oportunidade de se encaminharem livros antigos, raros e preciosos para o arquivo, sempre se enriquecerá.

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