O leitor certamente acompanhou conosco a libertação dos reféns israelenses em Gaza, no território dominado pelo Hafez desde 7 de outubro de 2023. Uma novela dramática que desperta o interesse de todo o mundo. Depois de privados de tudo a que tem direito um ser humano civilizado, em processo lento e humilhante, mesmo mediante acordo mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, o Hamas libertou os três primeiros reféns, apenas mulheres entre 24 e 31 anos, inicialmente.
As trocas de prisioneiros seguintes permaneceram no mesmo ritmo de morosidade e tensão, a despeito do empenho das partes envolvidas na difícil missão.
Em 7 de outubro, quando o Hamas entrou em área de Israel, sem qualquer aviso ou admoestação, em ação surpreendente, num fim de semana quando as famílias se achavam em sossego e paz, o Hamas matou 1.210 israelenses, sequestrando outros 251, aprisionados em túneis na faixa fatídica. Uma das prisioneiras declarou: “Eles invadiram nossos lares, nos mataram, nos sequestraram e queimaram nossas casas”. “Uma das moças perdeu dedos da mão esquerda durante a ação terrorista”.
O porta-voz do Hamas, em vídeo, elogiou os seus combatentes que, para ele, lutaram numa batalha determinada contra a invasão terrestre promovida por Israel”.
Márcio Coimbra, CEO da Casa Política, e presidente Executivo do Instituto Monitor da Democracia, observou: “No Oriente Médio, uma reação em cadeia desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, impulsionou um ano de mudanças impressionantes. Israel enterrou o Hamas sob os escombros, degradou a rede regional de representantes não estatais dos aiatolás, demoliu as próprias defesas de Teerã e, inadvertidamente, preparou o terreno para que rebeldes islâmicos derrubassem a ditadura de meio século da família Assad na Síria”.
Como será o Oriente Médio a curto e médio prazos?