De 2018 para cá, publica-se em livros a série “Quintas literárias”, resumindo textos de palestras pronunciadas no Auditório Cyro dos Anjos, da Associação Nacional de Escritores, em Brasília, eternizando o trabalho intelectual da entidade. Só ficar prejudicado durante a pandemia e por motivos sabidos à suficiência e óbvios, como disse o Presidente da Associação Nacional dos Escritores-ANE-, Fábio de Souza Coutinho.
Conforme decisão, saiu a mais recente edição de Quintas, com a qual se reingressa ao propósito original.
Desta vez, quis-se perguntar a vultos maiores de nosso país, o que julgariam o seu comportamento na história que resultaram em bem do progresso. Convidou-se para manifestar-se Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque, engenheiro, doutor em economia, professor, governador, senador pelo Distrito Federal e candidato a presidente da República, uma vez.
Por 350 anos, mantivemos um sistema escravocrata que serviu de base para enriquecer a economia, mas deixou fósseis incrustados na sociedade, sob forma de pobreza, racismo, baixa produtividade, concentração de renda, desprezo à educação do povo, e o triste comodismo da aceitação da desigualdade e do atraso. Até hoje, mantemos semiescravidão com 10 milhões de adultos analfabetos, indecente concentração de renda, com insalubridade e violência, metade da população sobrevivendo graças à transferência de renda, sob forma de bolsas e auxílios; e um sistema educacional com escolas senzalas para os pobres e escolas-casa grande para os filhos dos ricos.
Sistema que perpetua a pobreza, a penúria e a desigualdade nas próximas décadas”.
A realidade seria completamente diferente se, além do artigo 1º “É decretada extinta, desde a data desta lei, a escravidão no Brasil, a Lei Áurea”, tão comemorada na tarde daquele domingo, 13 de maio de 1888, tivesse mais um artigo: art. 2º “Fica estabelecido um Sistema Único Nacional Público de Educação de Base em todo o território brasileiro”.