Coincidências. Em 6 de fevereiro de 1930, deu-se a infausta manifestação de grupos políticos adversários em Montes Claros, no Norte de Minas, que resultou ser o estopim na Revolução daquele ano, causando a deposição do presidente da República, Washington Luís, sucedido de fato por Getúlio Vargas.
Após eloquentes e felizes discursos na estação ferroviária, o cortejo se pôs em marcha para o centro da cidade, passando inevitavelmente pela praça em que residia e tinha consultório o dr. João Alves, médico, líder de movimento contrário ao Catete e seu ocupante. Houve um tiroteio tremendo, com mortos e feridos, e repercussão nacional. Dentro de cinco anos, será o centenário daquela data fatídica.
Em 4 de fevereiro deste ano, faleceu, aos 90 anos, em Brasília, o ex-prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, que lá seria sepultado após internado por vários dias no Hospital Sírio-libanês e sofrer um Acidente Vascular Cerebral, em dezembro.
Uma comitiva de lideranças políticas mineiras foi a Brasília para despedida de Humberto Souto. As homenagens contaram com presença do prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, que foi vice de Souto, do atual vice-prefeito Otávio Rocha e de uma caravana de secretários, vereadores e amigos do ex-prefeito, que viajaram de ônibus os 698,4 quilômetros até Brasília.
Durante o velório na sede do TCU, um dos momentos mais emocionantes ocorreu quando o ex-vereador e atual secretário de Governo e Relações Institucionais de Montes Claros, Aldair Fagundes, cantou a música de seresta “Amo-te muito”, acompanhado por outras pessoas presentes. Há mais de três décadas, Aldair canta na Igreja de Santos Reis, no bairro homônimo, em Montes Claros.