Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Goiânia e seu nome

Publicado em 29/03/2025 às 06:00.

Aguardava até com certa dose de ansiedade o novo número da Revista da Academia Urucuiana de Letras. Nascido no interior mineiro, obviamente me interesso por tudo aquilo que nas suas regiões é produzido e publicado. Há muito a conhecer e apreciar no que se faz e se diz a respeito de nossos grotões, cerrados, veredas, serras e caminhos diversos. É um portentoso cenário que se descortina.

Velhos? Novos? Não importa. Os fatos, os chãos e os personagens aí estão. Fazem parte de nossas vidas, um passado que logo será futuro. Muita gente boa deixando registrada a sua marca. Marca importante, valiosa nas páginas da revista que Napoleão Valadares houve por bem lançar e manter. E ele integra também este solo tão vário e de autores diferentes, mas bons ao extremo.

No número 2 da revista, vejo que a data insere os quatro números: 2, 0, 2, 5. Contos são os de Jaques Valadares e Onofre Prado; Crônicas, de Brasiliano Braz, Paulo Gonçalves Pereira, Antônio Emílio Pereira, Oliveira Mello, Francisco Otaviano, Rita Maria da Silva Ramos, José Jurandir Ramos, Danilo Gomes, João Rocha, Saul Martins, Maria Torres Gonçalves, Miguel Carneiro e Glorinha Mameluque; poemas, por conta de Gilberto Mendonça Teles, Augusto dos Anjos, Anderson Braga Horta, Dantas Motta,

Nilto Maciel, Carlos Chiacchio, Delfino Domingos Spezia e Wilson Pereira. E há, também, textos diversos, de Guimarães Rosa, Carlos Laet, do próprio Napoleão, de Alan Vugabim, Agnaldo Morato, Petrônio Braz, Hosana Luiz de Faria. Alguns são nomes já conhecidos e conceituados, de nosso jeito e gosto.

Somados são praticamente cem páginas, que só trazem prazer espiritual e literário. Ademais, vamos aprender, porque se trata de gente que conhece a temática e sabe transmiti-la. Alguns já não se acham mais no rol dos vivos, mas deixaram saudade.

Danilo Gomes, um dos maiores cronistas deste tempo, que não é da região do Urucuia, lembra José Mendonça Teles, já falecido, um incansável trabalhador da literatura e da cultura em geral, irmão do professor, ensaísta e crítico literário Gilberto Mendonça Teles, residente no Rio de Janeiro.

Danilo, que é mineiro de Marina, recordou que foi no título do livro “Goyania”, que o professor Alfredo de Faria Castro inspirou-se para sugerir o nome da capital de Goiás, em concurso realizado pelo jornal “O Social”, em 1933.Esse notável professor de francês era mineiro de Araguari e faleceu em Goiânia em 1971.

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