Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Juiz de Fora

21/12/2021 às 19:41.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:35

Não apenas no futebol Minas se distingue no Brasil deste ano. Como leio em um jornal, com dois livros da trilogia que mereceram sua estreia na prosa ficcional para adultos, Edimilson de Almeida Pereira se consagra com dois prêmios literários num prazo de 15 dias. Sim, 15 dias.

Poeta, ficcionista, ensaísta, professor e pesquisador, o escritor é de Juiz de Fora, onde também nasceu, há 112 anos, a Academia Mineira de Letras, hoje presidida pelo jovem imortal Rogério Faria Tavares. Aliás, muito recentemente, ele compareceu à entrega do Prêmio Primeira Linha Especial 2021, à empresa Suggar, que mantém em suas dependências a Biblioteca Eduardo Almeida Reis.

E o Eduardo, que ocupa a cadeira número 24, da Academia Mineira de Letras, reside exatamente em Juiz de Fora, que mais uma vez registra presença na vida cultural e empresarial da velha província. É bom falar a respeito, porque já o fez Fal Azevedo, no mais recente número da Revista da AML, que tem mais de 600 páginas. 

Não poderia faltar espaço para algumas delas serem dedicadas ao imortal juiz-forano. A comentarista esclarece: “Eduardo Almeida Reis fala sobre o que deseja, em livros, em crônicas, artigos e ensaios. Entre outros assuntos, trata da História do Brasil, a atual, a do passado (como no livro “Histórias do Brasil de Colombo a Kubitschek). Relacionamentos, Economia, Cotidiano, Dietas (ele tem um livro ótimo sobre o assunto, “A dieta inteligente”). Biografias (“Catharina, minhas histórias”, por exemplo é uma biografia leve e conta com pesquisa da melhor qualidade)... E por aí vai, porque o escritor já percorreu todos os gêneros existentes e os que não foram ainda inventados. E o faz muito bem, para arrancar elogios de todo tipo de leitor.

Edimilson é um êxito, parabéns; Eduardo não o é menos. Deste, todos os seus livros somem nas livrarias, adquiridos pelos leitores que sabem o que desejam: “Ironia aguda, vocabulário que é uma navalha, adjetivos instalados nos lugares certos; Almeida Reis quer fazer você rir. E você, pobre criatura indefesa, ri largado. Do Brasil (definido pelo autor como “um país grande e bobo”), das confusões em que ele se meteu, das coisas que ele diz e de si mesmo”.

Enfim, saudemos Juiz de Fora, louvando o Edimilson, que é de agora, o Eduardo Almeida Reis, que é de sempre, a Academia, que nasceu há 112 anos, e o Murilo Mendes, poeta que nasceu num 13 de maio, o de 1901, mas não está mais conosco desde 1975. Poeta, com P maiúsculo.

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