Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Na hora H

Publicado em 12/02/2025 às 06:00.

2025 corre na folhinha com velocidade incrível. São imposições do período do tempo que atravessamos e impõem novas regras e condições de sobrevivência ao ser humano. Como os cataclismos e atentados climáticos que ora se enfrenta. Temos de nos prevenir contra as rebeliões da natureza, causadas pelo próprio homem e a comunidade. Teço estas considerações iniciais diante da notícia que ora recebo. A primeira maternidade da capital mineira não parou, desde 1916 em que foi inaugurada. E tem de fazê-lo, pois no ano findo realizou 3.095 partos, funcionando 24 horas por dia nos sete da semana. Desde 2024, é certificada como Hospital Amigo da Criança e da Mulher e, a partir de 2006, atua segundo o Método Canguru. Há mais de 23 anos, realiza em parceria com a Associação das Voluntárias da Santa Casa (Avosc), curso para gestantes on-line e presencial, preparando mães e famílias para os cuidados do bebê.

E há mais uma boa novidade. A maternidade do Instituto Materno Infantil Santa Casa BH deu importante passo para fortalecer ainda mais a excelência de atendimento. A partir de 31 de janeiro, a assistência das parturientes inclui a utilização do Balão de Bakri e do campo coletor, dispositivos fundamentais para o manejo eficaz de hemorragias pós-parto, condição que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge 14 milhões de mulheres por ano, com cerca de 70 mil evoluindo para óbito em decorrência dessa complicação. As novas aquisições foram apresentadas no evento “Zero Morte Materna por Hemorragia”, realizado no Salão Nobre da Santa Casa BH. 

A coordenadora médica da maternidade, dra. Rafaela Carvalhaes, explicou que esse avanço levará mais segurança para os partos, tanto os vaginais quanto as cesarianas, resultado de um compromisso da instituição com a qualidade assistencial. “Os dispositivos não são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde, e o Balão de Bakri, em particular, possui um custo elevado, então, de fato, é um esforço coletivo que estamos realizando. No caso do campo coletor, seremos o único hospital 100% SUS da capital a ter o insumo”, ressalta. 

O uso dos novos dispositivos também é uma das práticas da Santa Casa BH alinhadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos princípios do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). 

A instituição assinou o pacto oficialmente em 2024, tornando-se o primeiro hospital 100% SUS do Brasil a fazer parte do seleto grupo de organizações internacionalmente comprometidas em implementar ações em prol dos direitos humanos, diversidade e inclusão, responsabilidade ambiental e combate à corrupção.

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