Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Notícias do Brasil

Publicado em 06/04/2022 às 06:00.Atualizado em 06/04/2022 às 14:37.

O brasileiro se anima quando lê notícias de altas autoridades sobre a situação do país. Que alegria, que glória! É o que aconteceu com as informações e afirmações de Paulo Valle, secretário do Tesouro Nacional, em 26 de fevereiro último. Disse, por exemplo: “O Brasil está preparado para os impactos econômicos da guerra”, referindo-se ao conflito Rússia/ Ucrânia. Acrescentou: “O país tem reservas altas e poucas dívidas em dólar”.

E declarou ainda muito mais: “O alto volume de reservas internacionais e as poucas dívidas em dólar tornam o Brasil preparado para enfrentar a volatilidade dos mercados financeiros do conflito entre Rússia e Ucrânia”.

Mais informações: “No fim da tarde daquela quinta-feira, a Bolsa caía cerca de 1,5%, depois de recuar mais de 2% durante o dia. O dólar comercial, que na véspera tinha fechado em R$ 5, estava sendo vendido a R$ 5,10, depois de atingir R$ 5,15 por volta das 15h. É importante lembrar a posição em que o Brasil se encontra. Em termos de dívida pública, estamos em situação muito confortável. A gente tem só 5% da dívida em dívida externa e a participação do estrangeiro [na dívida interna] no Brasil é de pouco mais de 10%. A gente tem 100% da necessidade de financiamento de 2022 em caixa. A gente tem mais de US$ 350 bilhões de reserva internacional. O Brasil está bem estruturado para alguma volatilidade internacional”, afirmou Valle.

Quanto a eventuais leilões do colchão da dívida pública, tipo de medida tomada em momentos de turbulência extrema no mercado financeiro, o secretário comentou que o Tesouro só poderá tomar qualquer decisão depois de aguardar como o conflito se desenrolaria. 

“O Tesouro está com o caixa confortável. A gente acompanha o mercado permanentemente. Estamos atentos e tomaremos as medidas que forem necessárias. Mas, neste momento, acho que está cedo e que estamos bem posicionados”, afirmou Valle. Ele deu as explicações, ao comentar o resultado primário de janeiro. As contas do governo central tiveram superavit primário recorde de R$ 76,5 bilhões.

O brasileiro não pode é ir ao armazém, supermercado, feira-livre ou padaria. Exatamente pela guerra, o quilo do pão subiu mais de 100%. Os preços do trigo dispararam. Em Chicago, a elevação foi de 40% só nos primeiros dias do conflito. Os produtos derivados do trigo – os pães, biscoito, massa e bolos – ficarão mais caros. E também os das hortaliças e verduras por outras razões.

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