Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

O Brasil, hoje

Publicado em 23/10/2024 às 06:00.

Primeiramente foi o Helene, um furacão que inúmeros estragos causaram aos Estados Unidos. Depois, o mais recente, o Milton e tampouco deixou de provocar danos imensuráveis. O olho foi à costa Leste. Que ele não voltou para nós, que já sofremos enormemente neste 2024 –- com a devastadora destruição de imensas regiões gaúchas. Depois, o desastre interminável de incêndios e queimadas em extensas regiões – do Amazonas ademais biomas de enorme importância para o país.

Em seguida, as enchentes no interior dos estados, antes atingidos por chamas, fumaça intensa e calor acima dos níveis já elevados de anteriores anos. A natureza está revoltada, enfurecida. Tempestades mais? Simultaneamente, a guerra sem fim entre países do Oriente Médio, com intervenção de grupos terroristas e por quem precisa defender-se.

Mas quem se dá ao prazer ou luxo de acompanhar os acontecimentos no país pelos veículos de comunicação se assusta (ou não mais se assusta com a infinidade de pessoas e organizações que se esmeram em ações de dar prejuízos aos demais, usando artifícios e instrumentos de toda natureza). Nem falo do incerto, com extenso grupo de aventureiros e marginais que atuam no campo da exploração mineral, nas áreas de garimpo. Estou lendo que um grupo indígena de Nazaré, simplesmente assassinou mais quatro pessoas em sua área de ação criminosa, com 68 mil hectares. Todo o imenso território da Amazônia está infestado de bandidos que fazem papel de bons moços. 

Nas cidades disseminadas pelas regiões da nação, surgem também os chamados influenciadores, cujo propósito é aproveitar-se da ingenuidade de muitos para se completarem. Sem esquecer os marmanjos, até com décadas de vida, que estão utilizando de toda espécie e até de religiões para praticarem o mal contra menores e mulheres, a despeito das medidas determinadas pelo poder público. 

Haja cadeia! Porque se há de destinar mais espaço para prender criminosos de toda origem e com toda modalidade para crimes até hediondos.

Mas temos de concordar com Roberto Brant, com referência à hora difícil que vivemos e suas causas: “Desde 1980, o Brasil tem sido um país de crescimento medíocre e cada vez mais desigual. 45% de nossa população vivem com até dois salários mínimos e somente 22% vivem com renda superior a cinco salários mínimos. Sob qualquer perspectiva não somos um caso de sucesso. Nossa renda por habitante hoje é igual à que tínhamos em 2013. Não é preciso dizer muito mais”. 

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